Intimidades 680

Adivinho-te para lá da porta.

O corpo manso e indiferente,

a luz da rua, o chão a rendar as sombras.

Um dia, penso,

faço ranger as escadas e bato,

apanho-te sob a cambraia e com gesto lento.

Entro.

Sou eu, direi.

Espero muito que me digas: ah, és tu.

Edgardo Xavier
Enviado por Edgardo Xavier em 12/09/2017
Código do texto: T6112295
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