CARNE PARA OS POBRES

De três a sete kg anuais, para quem tem 15 m2 disponíveis.

Hoje no noticiário, funcionários públicos do estado do Rio de Janeiro, mendicavam alimentos na fila organizada pela sociedade carioca, então lembrei dos anos que antecederam a tal dita dura, mas não tão dura assim, que ora os funcionários federais eram humilhados pela remuneração miserável, hora, os estaduais, ora os municipais, pior ainda era a situação dos trabalhadores em geral.

Esta gerações que estão ai e acreditam que viveram os anos sessenta do século passado só de ouvirem falar, agora podem assistir verdadeiramente o que é miserabilidade e também podem aguardar, se a miséria já não as contaminou, porque logo, logo o fará.

Quando digo que estou preocupado em produzir tudo que eu puder para o nosso próprio sustento, alguns amigos pensam que é brincadeira.

Tenho nove pés de feijão guandu, também conhecido como carne dos pobres, devido ao alto teor de proteína, segundo a previsão da literatura, cada pé, pode produzir até sete kg anuais, mas por aqui não tem sido assim, pois dos nove pés, somente seis tem produzido, os seis que produziram, deram somente seis kg num ano.

No pote 1,3 kg do que colhi esta semana, estimo que ainda haja mais 2 kg, depois na Primavera eles voltarão a florir, com maior número de vagens polinizadas.

Já colhi milho verde que duraram seis meses, tenho que providenciar numa máquina para fazer farinha do aipim e do milho, pelo menos de fome não morreremos, se a desgraça abater-se mais agudamente, sobre o funcionalismo gaúcho.

Ia esquecendo, três galinhas para por ovos e comer a grama.

Concito a que tiver qualquer pedaço de terra de 4 por 4 m, e assim plantarem um pé de feijão guandu, ou múltiplo disto, no meu caso tenho 60 m2.

Faço doações de sementes desde que estejam em Porto Alegre.

ItamarCastro
Enviado por ItamarCastro em 15/07/2017
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