Lago da Solidão
-- Não vai se livrar de mim tão facilmente – eu disse.
-- Não quero me livrar de você!
-- Bom, parece que é o que está tentando!
-- Escute! Eu quero sempre o melhor pra você! Nunca pense diferente disso!
-- E o melhor pra mim, segundo você, é que não a veja mais?
-- É.
Ela se sentou. Estava nervosa. Pensei um pouco, e respondi.
-- Está bem!
-- Está?!
Havia surpresa nos olhos de Asoiretsim.
-- Sim. Depois de hoje não nos veremos mais.
-- Tá. – Disse e ficou olhando para o oceano, no horizonte além. Depois olhou para mim. – E... você... não vai mais ao lago?
-- É... acho que não vou poder mais ir... e, é uma pena, porque gosto muito daquele lago... onde só tem um banco velho, carcomido; aonde ninguém se interessa em ir até lá, porque até chegar ali precisa atravessar vários montículos de areia e com muito mato onde devia ser um jardim. Sim, vou sentir falta do lago da solidão!
-- Não! Você não pode fazer isso!
Havia aflição nos olhos de Asoiretsim.