Lago da Solidão
Ela se levantou.
-- Vamos entrar na água de novo?
Era como se quisesse fugir do assunto, como se aquele fosse um terreno perigoso para ela. Nós podíamos falar sobre tudo, menos sobre nós mesmos. E como eu havia prometido, tinha que continuar aceitando essa condição.
Dentro d’água ela falou, me abraçando:
-- Se você não quiser mais se encontrar comigo, e desejar continuar com sua vida como era antes de me conhecer, eu entendo. – Havia tristeza em sua voz e no semblante.
-- Por que está dizendo isso?
-- Porque acho que é melhor pra você!
-- Por quê?
Ela não respondeu. Soltou-me e mergulhou.