Mudando de conversa
Quem espera pela vida sobrevive, só não usufrui de sua totalidade. É como se ela fosse uma vil prisão: cheia de brigadeiros, água com gás e sombra fresca. Estes aventureiros, esquecem que além das gaiolas existem os viveiros e, além dos viveiros, a liberdade. Muitos ficam olhando por entre as próprias grades, não são capazes de quebrá-las ou virarem as tramelas que os prendem como bichos de estimação. Ficam esperando que elas se abram com a força do vento para que possam sair e conhecer o mundo do lado de fora. São como as aves que soltamos e que não conseguem mais voar, porque não sabem ser livres. E, o pior, se contentam em ser animais cativos.