E se...
Tudo voltasse a ser como antes?
Sentássemos no gramado daquele parque e romanticamente nos beijássemos ao luar?
Abraçados em pé sobre as pedras no costão à beira mar
Nós contássemos cada qual os seus sonhos novamente?
Lembra?
Havia liberdade para os nossos sentimentos
Os meus e os seus
Queríamos que todos sonhos virassem um só, o nosso sonho.
A crista das ondas era o nosso chão
As estrelas, as telhas do nosso casarão.
Chegamos a colocar as janelas da liberdade para as nossas emoções.
Será que a palpitação dos nossos corações
Acompanharia novamente o brilho do nosso olhar?
Por que nós deixamos um elo perdido
Lá entre as vagas do mar?
Talvez não lapidamos a pureza dos encantos com o tempo.
Apenas jogamos tudo num canto para pegar quando precisar.
E ficou tarde demais para voltar os encantos.
Era preciso todos dias ir lá, e pegar, e olhar, e vive-los de novo.
Nos desfiguramos sem conseguir nos remodelar.
Hoje é voltar a si, e se questionar.