Exclusão
Ainda resta ternura nesse momento de angústia ,
Nem todos tem culpa , do intimo silêncio da falta de cultura.
Resta-nos , um antigo respeito do dia , que se assemelha a construção do bem que não nos assegura a paz em rodovias e ruas.
Mãos fortes cheias de mansidão para com tudo quanto existe.
Resta imobilidade e econômia de gesto , ao mostrar a inércia , cada vez maior no infinito ,
Uma constante segueira no infanto juvenil.
Exprimindo o inexprimivel ,
Na redutiva recusa da poesia vivida nas ruas.
Resta união aos sons ,
Da optica ao sentimento ,
Dessa sensação em repouso da simultaneidade que fixa a desigualdade.
O tempo decifra poesia ,
Em uma só vida ,
Em uma só luta
E morte de um ser qualquer que garante seu nome , só por uma vez , mas ao fim da linha.
Resta-nos , um coração que entristece-se com a desordem do cotidiano em profana desilusão.
Em meio aos passos na calçada , vemos poesias de poeticos desconhecidos nas noites escuras e frias.
Pego-me , a chorar sobre a terra que mim debusco a não aceitar essa forma destruída de não podermos nos expressar por tamanha exatidão de a exclusão.
Agora resta-me , apenas o choro de alegria pelas belezas vistas por autores comuns de ruas.
Mas choro por um sentimento imaturo de grandes absurdos.
A capacidade de se rir atoá é audaciosa , pois sobrevivemos ao caos da aceitação , da poesia do artesão até mesmo ao cirurgião , mais esse é de alto escalão.
Restando minha vontade incontrolável de transfigurar , os meus sonhos para essa visão incapacitória de destruição.
Mas aqui termina o meu falar ,
Porém , não a minha persistência , todos sabem , o poeta é filho da esperança e trás consigo o desejo de mudança.