Exclusão

Ainda resta ternura nesse momento de angústia ,

Nem todos tem culpa , do intimo silêncio da falta de cultura.

Resta-nos , um antigo respeito do dia , que se assemelha a construção do bem que não nos assegura a paz em rodovias e ruas.

Mãos fortes cheias de mansidão para com tudo quanto existe.

Resta imobilidade e econômia de gesto , ao mostrar a inércia , cada vez maior no infinito ,

Uma constante segueira no infanto juvenil.

Exprimindo o inexprimivel ,

Na redutiva recusa da poesia vivida nas ruas.

Resta união aos sons ,

Da optica ao sentimento ,

Dessa sensação em repouso da simultaneidade que fixa a desigualdade.

O tempo decifra poesia ,

Em uma só vida ,

Em uma só luta

E morte de um ser qualquer que garante seu nome , só por uma vez , mas ao fim da linha.

Resta-nos , um coração que entristece-se com a desordem do cotidiano em profana desilusão.

Em meio aos passos na calçada , vemos poesias de poeticos desconhecidos nas noites escuras e frias.

Pego-me , a chorar sobre a terra que mim debusco a não aceitar essa forma destruída de não podermos nos expressar por tamanha exatidão de a exclusão.

Agora resta-me , apenas o choro de alegria pelas belezas vistas por autores comuns de ruas.

Mas choro por um sentimento imaturo de grandes absurdos.

A capacidade de se rir atoá é audaciosa , pois sobrevivemos ao caos da aceitação , da poesia do artesão até mesmo ao cirurgião , mais esse é de alto escalão.

Restando minha vontade incontrolável de transfigurar , os meus sonhos para essa visão incapacitória de destruição.

Mas aqui termina o meu falar ,

Porém , não a minha persistência , todos sabem , o poeta é filho da esperança e trás consigo o desejo de mudança.

Tainara Lima
Enviado por Tainara Lima em 20/02/2017
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