Intimidades 234
África. Ali paravam todas as palavras. O que se percebia era só para sentir. Lia-se a terra, sulcavam-se os carreiros feitos com pés descalços. Eles nos guiavam até ao destino. Sinuosos, lisos, bordados de um capim tenro onde apareciam, caprichosas, flores sem nome. Paravam na margem do rio e era preciso avançar pelas pedras, sentir fria a corrente da água, ver, nuas, as mulheres a estender panos desmaiados de cor, as crianças no banho, os risos ruidosos, o sol a pino.