O espelho, um fiel escudeiro do tempo
Nós ficamos nos contemplando
Muitos dias extasiados na felicidade
Outros dias magoados em dor.
E no final nós acusaremos o Tempo de malfeitor
Mas o que há de bom ele nos cede
Aproveitamos o que os nossos olhos podem enxergar
E nem sempre o que o nosso coração pode sentir
Se miragens há
Acreditamos nelas
O Tempo as vai apagando uma a uma.
Zombeteiro, deixa-nos o Espelho como escudeiro.
Nele o retrato meu e o seu.