Atenção

Atenção

É preciso ter cuidado ao falar, a cantar...respirar. Há olhos grandes arregalados com chicotes do silêncio. Suspirar com calma, talvez, seja a solução.

Momento de classificação indicativa.

Cuidado! Olhe para os dois lados ao atravessar a rua; espere abrir o sinal; seja prudente.

Não pense! Há quem julga que pensa e julga para condenar. Finja muito bem; é de grande valia fazer aulas de atuação.

Fale baixo; ouça muito; olhe menos; veja mais.

Atenção!

Cuidado!

Feche a porta, mas abra a janela. Caso batam, não abra. Quem é quem? É quem! E quer que você seja quem também. Tudo está certo; dois e dois e vinte e dois menos dois.

Que Deus lhe ajude!

Acenda vela para deus e o diabo. Ainda, assim, deixe uma acesa para iluminar o caminho. Tempo plúmbeo, de trevas proféticas. Amém, amém.

Faça-se de tolo, que o tolo vai se perder na tolice opinativa e refletir com conteúdo de almanaque e pensar que ludibriou. Tolice! Foi ludibriado pela vírgula mal colocada no discurso emprestado de ontem.

Não faça! Interessante é fazer o outro se fazer na sua frente e perceber que o que foi feito é apenas borrão e rasuras decoradas.

É preciso ter paciência! Tudo vai e vem, nada é; então, a maré está braba e não se pode nadar em mar revolto. Surfar é a onda da vez.

Atenção!

Não conte até três. Paciência! Conte três vezes cem para ler o que o apedeuta escreve com maestria a sua vileza.

Ria o riso de Alex e se faça de sonso.

'Atenção para o refrão."

É preciso estar atento e forte; não tenha medo da morte.

Sorte; sorte; sorte... tudo é uma questão de constipação coletiva. Laxante... e tudo terminará no sanitário.

Mário Paternostro