CINZEIROS DA ESPERANÇA

Para muitos aquilo que não presta

É banquete e festa para outros...

A luz precisa para chegar na escuridão somente de uma fresta...

Quem acende uma vela é veleiro

Estou nesta encruzilhada de ondas e promessas meu pai mande-me

A direção do farol que devo seguir neste mar de navios negreiros...

E a vida como hímen complacente a contento roda

Árvores centenárias caem entontecidas pelo vento

Outras precisando de assento crescem mais carecem de poda...

A morte é como um manequim sem vaidade a desfilar

Não escolhe as roupas que vai vestir na passarela tumular...

Jasper Carvalho
Enviado por Jasper Carvalho em 14/12/2015
Código do texto: T5479481
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