PAGADAM, PAGADAM, PAGADAM
Cresci acendendo velas para o Negrinho do Pastoreio. Pobre dele, qualquer besteira lá ia eu pedir e prometer uma vela.
Chegou o dia que eu não consegui dar conta de tantas, então percebi que as velas não eram necessárias, bastava a fé.
Todos os dias um pouco antes ou um pouco depois meia noite o ruído de patas de cavalo, mas não era ele, somente uma carroça, hoje nem as carroças, aliás elas estão proibidas nesta região e bem proibidas.
Agora com certeza se ouvir o pagadam, pagadam, pagadam, pagadam será ele, se ouvir toc toc, toc toc, a carroça que estará de volta, ou pelo menos um aba larga.