Fronteira da felicidade

Não é que goste da solidão, está com a solidão, ás vezes ela me parece a única solução, única alternativa, me familiarizei, me habituei a ela, mas não a venero. Olho para este mundo lindo, prospero... e não posso fazer parte dele, não me encacho. Olho para outro e vejo-o horrível, um caos... e não devo participar dele, não me sinto cabível, útil. Parece uma confissão, um conflito, talvez que seja, não terei vergonha. Melhor que viver na fantasia de uma realidade, obsoleta, cruel. Me tranco em mim, me calo, procurando em vão explicações mais contundentes para ser feliz, só quero isto, felicidade.

Talvez seja pedir, querer demais. Quem realmente é plenamente feliz? Só um louco, um demente.

Roberto Ornelas
Enviado por Roberto Ornelas em 10/07/2015
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