Folha em branco
A folha em branco aclama
Por explicações, ações
Baila inocente nos ventos da questão
Dança a peculiar e sublime branca
Rainha das menções aleivosia e lições
Que a caneta invente suas conspirações
Dá-se a dor no peito o teu acalanto
Chora alegorias, folha em branco
As lágrimas codificadas
Meus delírios figurados
Num desfecho da folha traçada
Num só propósito, um registro atrasado
Quem sou? Desvende é o que queres
Se podes, agora sou eu quem pede
Que cintile minhas verdades um grão universo
Que o eu transcorra livremente em versos
E preencha o vazio, configure meu fim
Com riquezas e sentidos, Metáfora de mim
Atenciosamente.
Eu.