O que era felicidade para Tolstoi?
Vou reproduzir um pequeno trecho do livro "Felicidade Conjugal", publicado em 1859 e escrito pelo famoso escritor russo Leiv Nikolayevich Tolstoi, mais conhecido como Leon Tolstoi ou simplesmente Tolstoi.
"Passei por muita coisa na vida e agora penso que encontrei o que é necessário para a felicidade. Uma vida tranquila e isolada no campo, com a possibilidade de ser útil à gente para que é fácil fazer o bem e que não está acostumada que o façam; Depois, trabalhar em algo que se tenha utilidade; depois descanso, natureza, livros, música, amor pelo próximo - essa é a minha ideia de felicidade. E depois, no topo de tudo isso, uma mulher como companheira, e filhos talvez - o que mais pode o coração de um homem desejar?"
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Sobre Tolstoi (a quem interessar).
No final da década de 1850, preocupado com a precariedade da educação no meio rural, Tolstoi criou em Iasnaia Poliana uma escola, para filhos de camponeses. O escritor mesmo escreveu grande parte do material didático e, ao contrário da pedagogia da época, deixava os alunos livres, sem excessivas regras e sem punições.
Em 1862, casou-se com Sophia Andreievna Bers, com quem teve 13 filhos. Durante 15 anos, dedicou-se intensamente à vida familiar. Porém, o casamento com Sophia seria repleto de distúrbios e brigas. Foi nessa época que Tolstoi produziu os romances que o celebrizaram - "Voina i mir" (Guerra e Paz - 1865/1869) e Anna Karenina. O primeiro consumiu sete anos de trabalho e ambos são considerados grandes obras da literatura mundial.
Embora extremamente bem-sucedido como escritor e famoso mundialmente, Tolstoi atormentava-se com questões sobre o sentido da vida e, após desistir de encontrar respostas na filosofia, na teologia e na ciência, deixou-se guiar pelo exemplo da vida simples dos camponeses, a qual ele considerou ideal. A partir daí, teve início o período que ele chamou de sua "conversão".
Além de sua fama como escritor, Tolstoi ficou famoso por tornar-se, na velhice, um pacifista, cujos textos e ideias contrastavam com as igrejas e governos, pregando uma vida simples e em proximidade à natureza.