vestido azul

não é possivel rezar com os pés amarrados

meu deus rogai pelo meu filho !

que ainda não nasceu

acidente

- não devolveremos suas peles e colares

ficarão confiscados para sua segurança

mesmo que o proteja não teras chance alguma

sem a fé

sem a punição do bem

devolverá o que tiraste do mundo

e tudo o que não lhe pertencia sera queimado

não podemos evocar os grandes mestres

pois adormeceram após terem consumido as oferendas

- não pedirei piedade a este mundo

e resistirei até a morte

cuspindo em seus sapatos

-as palavras não resgatarão sua alma que apodreceu

sem cura

viverás trancado com suas atormentações

com dor

encontrarás novamente o caminho da ordem e da paz

- nem o riso da sua boca peluda irá me assustar

mais

o halito de injustiça impregnou este ambiente

tudo o que quero e tirar o meu vestido azul e voar por ai

- todos os devaneios serão sepultados junto com suas raízes

nada temerás após a salvação

tudo é seu

mas deve esperar a hora de provar o gosto

-nada do que possua pode ser retirado de mim

canto aos deuses que me levem ao seu econtro

para enxergar a verdade

que agora parece explícita e cruel

-não tente dissimular os seus erros e pecados

a sentença esta dada

Tranca-se a porta

grito de horror

joga-se a chave fora

a escuridão enlouquece

corta-se a pele

com as unhas

arranca-se os cabelos

choca-se contra a parede

enforca-se com a corrente

rdeorristt
Enviado por rdeorristt em 15/09/2005
Código do texto: T50732