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Não beba o veneno da língua de cobra vingativa, cuspa o mel falso da abelha hipócrita, arremesse pra longe o abraço do leão velho, não durma na cama feita pela aranha sagaz, não ande com hienas e evite os pavões orgulhosos, deixe em paz a leoa virgem, não voe com o falcão cego. Mas espere pelo despertar da águia rainha, pelo retorno das humildes andorinhas na primavera, seja amigo da galinha paciente que come o grão por grão, faça as pazes com o urso pobre abandonado, e mergulhe na pureza intima da pombinha que propaga a paz com amizade.

Francesco Acácio
Enviado por Francesco Acácio em 12/12/2014
Reeditado em 12/12/2014
Código do texto: T5067267
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