E as palavras fogem de mim
Há algumas semanas passei por uma pani
Achei até que tinha sofrido um derrame
E nas provas passei muito vexame
As palavras sumiam do meu alcance
Eu não sei o que faço mais
Porque não aguento o degrau sangrento
Falta tão pouco, apesar de achar demais
E confesso, sofro, meus nervos incham de nervoso
Mas o que eu faço pra sair desse fosso
Tenho a sensação de estar no fundo do poço
O estresse me repele dos outros talvez
Pois fico grossa repentinamente, sem nenhum alvoroço
Eu não quero me atrasar mais
Mas estou perdendo a minha paz
Deixar sair o brilho que nunca tive
Nesse inferno que se chama estudar o que me deixa triste
Até acho interessante
Mas não ao ponto que me deixe com a pele irradiante
Me sinto velha um ano em um dia
Pareço estar em uma batalha perdida
E não tenho sequer a possibilidade de ser ouvida
Qual a explicação pra tanto atraso
É a falta de amor que me faz ser tão repugnante
Ou o aumento da dor, da ferida não sarou
Pra completar hoje fiz uma besteira
Que pode me custar mais de um ano nessa trincheira
Acho que isso contribuiu pra minha doideira
Não sei onde vou parar, não sei como vou viver
E as palavras que sobram em mim, estão a entristecer...!