Julho.agosto 2014
Larguei as garrafas na varanda, não transbordo meus copos com o álcool. Deixe-me sóbria, a sobriedade já me deixa louca ao observar os corpos que passam por mim. Não quero me embriagar para a dor passar, cansei de acordar com a ressaca e o peso de uma falsa de alegria. Hoje acordo, faço meu café, mas não consegui desvincular o cigarro dos meus dedos. A fumaça é estranha, é um cinza que me acalma, alivia minha ansiedade e faz mal a mim mesma. Pode ser somente uma fase, acho que vivo uma limpeza na alma e já consigo faxinar a minha vida para que os novos caminhos se abram. E mais uma vez uns não acreditam na minha mudança, outros não concordam com o meu crescimento, mas minha felicidade depende de mim mesma. Eu não mudei o meu coração, apenas evito alguns hábitos que já não me faziam bem, eu estava perdida em mim mesma, eu acreditava nos sorrisos dos copos sobre a mesa, mas esquecia que algumas noites são energias negativas. Posso até degustar a embriagues qualquer dia, mas jamais quero voltar aos caminhos que eu percorria.
Joyce Xavier.
Eu gosto dos autênticos, não carrego cópias, gosto dos originais. Eu gosto dos verdadeiros, que não precisam imitar ou ser um personagem. Eu gosto dos legítimos que não se falsificam e conseguem atingir o sucesso merecido.
Joyce Xavier.
Meu ibope não é para gente ruim.
Cansei de fazer questão daqueles que não fazem questão da minha presença. Não quero mais ouvir conselhos que não são bons para mim, mas são convenientes para quem me diz. Não vou ignorar aqueles que eu não conheço, não quero desconfiar de ninguém, o ser humano é diferente e ainda acredito na bondade. Não vou dirigir palestras e assinar publicidades para quem tem a alma negra, não faz meu estilo. Tenho encontrado a felicidade em mim mesma, não quero receber aplausos e incentivos de gente que no fundo me vê como uma inimiga. Não acredito na positividade de pessoas que vivem nas trevas e dizem desejar o bem com um passado negro de sangue jorrado pelo asfalto. Não aceito desculpas de quem se deslumbrou em me ver no chão. Enquanto eu estava deitada, a maldição pisou fortemente com o pé direito na minha garganta, para que eu não falasse sua história imunda e maldita. Não demorou muito e as máscaras caíram. Meus erros são assumidos, mas a discórdia de quem me fez errar foi publicada mundialmente, onde todos agora podem ver quem é quem. Hoje convivo com pessoas que realmente gostam de mim, ignoro todos aqueles que são ruins. Não aceito falsas desculpas, os erros sempre voltam quando não são pedidos com o coração e a alma limpa. Não quero convivência com aqueles que não assumem e não aceitam os seus erros, cansei de ser usada e manipulada por gente que não presta, gente que não vale nada, gente que te ataca e te faz sofrer por vaidade. Não me conformo com gente que se diz feliz e que planta tanta maldade pelo mundo, não acredito, não compactuo com sessões macabras. Pessoas ruins merecem sim meu desprezo. Não desejo mal, mas não quero que minhas energias sejam trocadas com pessoas carregadas de inverdades, que plantam a semente da discórdia nos jardins felizes. Hoje aprendi a não acreditar em quem já mentiu por puro ego. Hoje conservo meu amor e não quero doar para quem não sabe desfrutá-lo. Hoje quem quiser sair da minha vida, fique a vontade! Deus tem escutado minhas orações, de hoje em diante quem resolver sair da minha vida, não vai mais voltar. Abro as portas do meu coração para as pessoas de bem, as más que sejam felizes longe de mim, amém.
Joyce Xavier.
A rebeldia fez morada em mim, junto com a estupidez e ignorância. E nesse tempo nenhuma porta se abriu, nada fluiu. Resolvi deixar a humildade entrar dando lugar a esperança. Entendi que saber ouvir é melhor do que falar sem pensar, falar por falar. Ao ouvir amadureci as verdades escondidas de melancolia. As pessoas reais ficaram nítidas nas manchetes de jornais. Meu café não é mais amargo, adoço na dosagem certa e hoje percebo que minha felicidade não precisa ficar por debaixo das cobertas.
Joyce Xavier e Cínthia Meirelles.
Saudade de quem ainda não foi
Talvez eu me arrependa, mas hoje eu necessito de você por perto. Talvez não seja o certo, mas quero que dê certo. Tenho pensando em você e sinto falta dos seus beijos. Não quero exigir relacionamento e talvez só seja a saudade dos bons tempos que já curtimos. Todas as músicas de amor me levam até você e mesmo que você não acredite, eu gosto de você. Nossas conversas são as mais inteligentes, mesmo que eu me perca nos dizeres e até já lhe ataquei sem saber como defender. Não sei se você ainda está no meu caminho, mas a vontade de te ver é bem mais forte do que qualquer querer. Não quero que você entre pela minha porta com o ar desconfiado, não irei trancar as portas, não esconderei as chaves. Quero que seja tudo simples, hoje não temos plateia e os venenos foram esquecidos. Já chorei e me senti rejeitada, mas a lembrança que guardo em mim diz que nossa história não chegou ao fim. Possa até ser que eu não faça por merecer o seu amor ou você tenha medo de uma nova dor, mas não perdemos o desejo que pode ser por uma única noite, a atração pode se transformar em paixão, deixarei acontecer mas não colocarei minhas vidas nas suas mãos para eu não enlouquecer.
Joyce Xavier.
Ninguém é obrigado a gostar do que eu escrevo, ninguém é obrigado a gostar de mim e aceito os que falam comigo. Ninguém é obrigado a gostar da cor do meu cabelo e podem criticar o rock antigo que escuto pela casa. Ninguém precisa me beijar na despedida e não quero abraços falsificados, aceito um aperto de mão por educação. Ninguém é obrigado a me aceitar e não permito ser tolerada, quero ser respeitada. Quero ser apenas eu mesma, deliciando-me com as minhas qualidades e doutrinando os meus defeitos.
Joyce Xavier.
Estou aqui. Longe de tudo. Longe de todos. Só tenho a tela do computador, o papel, a caneta e o envelope para escrever aquela carta. Bem distante, encontra-se uma pessoa especial. Nunca me abraçou, ouviu minha voz pelo telefone. Achou engraçado o meu sotaque e gostou da minha risada. Perdi-me nas frases escritas, encontrei muita gente como eu. Gente que se perde ao escrever e encontra amigos que não havia encontrado em outro lugar. É, a tela que diariamente visito tem pessoas do bem que me adoram sem me conhecer. Gente que temos no coração como se fosse irmão, gente que brigo também, gente que me preocupo, gente que já me contou segredos e gente que um dia já ficou até com raiva de mim. Porque corações verdadeiros se reconhecem, e dessa vida só quero levar comigo, pessoas que ao mesmo tempo em que se doam, levam consigo um pouco de mim. Amizade é troca, é carinho, é cumplicidade, é lealdade. Amigos são anjos que nos emprestam suas asas, mesmo faltando um pedaço delas. São paz em meio ao caos, e abrigo em meio a tempestades. Dividir nossos dias com gente assim, é suavizar o caminho, é sossegar a alma, é sonhar e não ter medo de errar. Longe fisicamente sim, mas bem perto do coração um do outro. Não existe toque além do da alma, só esse bem-querer e essa felicidade em ver o outro sorrir, que não nos abandona nunca. Que Deus guarde por nós quem de longe, aprendemos a amar.
Joyce Xavier e Juliane Rodrigues.
Desapeguei-me do monstruoso apego que sempre me deixou com medo. Desisti de olhar para trás e enxergar tudo aquilo que não me fez bem, cansei de olhar para os lados e ouvir sobre mim coisas que eu não tinha conhecimento, resolvi olhar pra frente e aceitei meu recomeço. Encontrei o amor-próprio ao me olhar no espelho, conversei muitas vezes comigo mesma e percebi que me amar era melhor do que chorar pelo vazio que restava. Desfiz-me de certos amigos, afastei-me de bons inimigos, reconheci velhos amigos e obtive novos. Aprendi a enxergar o caráter do outro e já consigo avaliar se é aquele ser é bom na minha vida. Já senti saudade do antigo barro, mas hoje prefiro caminhar pelo asfalto, a beleza da vida é bem mais importante do que remoer qualquer ferida. Não quero remoer traições e não quero me lembrar das decepções. Hoje meu amor é recíproco e consigo abraçar todo o carinho que tenho recebido, sou feliz no amor e agradeço a Deus por permitir a dor na minha vida, fez-me crescer, fez-me humana.
Joyce Xavier
Carrego paz na alma e alegria no meu coração. Tem dias que canto aquela canção antiga, mas o novo me fascina. Nada de tira gosto, eu me delicio com o completo, aquele que abre os braços e me recebe de peito aberto.
Joyce Xavier.
As pessoas que não gostam de mim são as que não me esquecem. Dizem viver em paz, mas criam guerras com o meu nome, não acredito que sejam realmente felizes. Inventam desculpas para explicar o ódio, idealizam histórias para criar discórdias e além de não largarem meu anjo da guarda, desejam que a minha vida seja uma desgraça. Sinto-me importante, talvez seja uma forma de idolatria ou me amam em segredo, mas saiba que tenho amor e do seu ódio eu não tenho medo.
Joyce Xavier.
Sempre soube que a vida era louca, porém justa. Injustiça é o que você cria no seu próprio trilhar e depois Deus manda as contas com juros pra você pagar.
Joyce Xavier.
Meu passado é negro e imundo, mas percebi que tenho por obrigação ser uma pessoa melhor. Não quero ser vista como santa, mas quero ter paz e necessito ser feliz. Modifiquei minhas atitudes e meu pensar, meu presente é sereno e planto a humilde bondade para colher os bons frutos que o futuro me reserva. Não quero aturar ninguém e nem me desfazer das pessoas como se fosse lixo, não quero humilhar e entristecer o outro para me sentir melhor, isso é pura ilusão, mera bobagem. Não vou me fingir de surda, não vou desejar que o outro seja rico e que conviva longe de mim, ainda mais aquele que tem a modéstia para mostrar a sua positiva mudança. Eu não vou me vingar desejando distância e outro ao próximo, revido com amor a dor que o outro me causou. Livrando-me na raiva não mudará a minha vida, pois quando não se é feliz de verdade o pingo na letra i já é motivo de mais uma briga com qualquer outro ser. Quando a felicidade ocupa o lugar merecido na sua vida, ninguém é culpado pelo nosso fracasso, o culpado é quem não procura viver em paz e não investiga motivos para atacar alguém. Andar com a bíblia nos braços e mostrar uma imagem na sua religião, não quer dizer que você está salvo das palavras amaldiçoadas que diz ao sair do templo. Aprendi que não preciso do outro para me livrar ou ter paz, preciso de mim mesma.
Joyce Xavier
Eu não sou o problema da sua vida, você que já é uma pessoa problemática.
Enquanto você continuar com a cara emburrada e jogando piada, percebo que não sou uma pessoa ignorada.
Joyce Xavier.
O pior é quando você descobre que a inveja e as energias negativas vem da pessoa que sempre esteve ao seu lado, finge te desprezar, joga piada e diz que te quer longe, mas na verdade não aguenta de perto seu sucesso e não quer que você o alcance.
Joyce Xavier.
A última carta
Maurício, hoje aceito o seu não. Com tantas cores, reconheci o meu horizonte e percebi que ao seu lado, nas trevas, não era o meu lugar. Prometo que esta é a última carta e quero que leia como uma despedida. já faz tempo que você partiu e a sua procura sempre foram para aumentar o seu ego e destruir os meus caminhos. Quem é da escuridão não aceita a luz e se incomoda com os brilhos positivos. Quem é mal não aceita a bondade e mesmo protagonizando o falso bom da novela, a máscara cai, demora mas cai. E a sua máscara caiu, não só para mim, mas para você mesmo. Olha Maurício, eu não tenho raiva de você, nunca tive e não terei. Tenho andado com uma fé radiante e percebo que sua vida continua na mesma. Você ambiciosamente não sente vergonha de traficar ilusões e diz ser homem, quando é visto como criança nos olhares das pessoas. Eu só quero te dizer que estou muito bem e quero que você fique bem também, mas não queira me procurar caso precise de alguém para te ajudar, procure Deus. Pode parecer clichê, mas me cansei da novela mexicana que eu mesma produzi em minha vida. Não quero humilhar ninguém como vingança, não serei mais feliz ao te ver no chão. Afastei-me de pessoas, mudei o número do telefone e fiz de tudo para que você saísse da minha vida, porém, eu errei. Você continuava dentro de mim, era vivo em todos os sentidos, meus sonhos eram pesadelos e eu sentia falta do seu amor, sentimento que eu só resgatei quando resolvi me amar. Enquanto isso, eu estava nos seus pensamentos e desejos, nunca existiu amor e eu fui o alvo para sua liberdade. Perdi as contas de quantas vezes eu esperei o seu velho fusca verde passar pela minha rua, não queria te tocar, eu só queria matar a saudade do seu olhar e hoje percebo que perdi tempo com alguém que não soube me amar. As lágrimas foram em vão, os aplausos pela minha infelicidade se transformaram nas dores mais monstruosas que um ser humano deve sentir, por estes motivos aceitei o seu não. Não devo carregar mais um peso na minha vida, não devo me envolver em problemas de pessoas que não me quiseram, não devo absorver e acreditar nos seus falsos sentimentos que não cansa de dizer à terceiros. Não, eu não devo. Resolvi escrever a última carta, para fechar o ciclo cruel que você mesmo criou comigo. Eu sobrevivi ao inferno que você me jogou, eu venci a guerra que você causou e me sinto satisfeita ao ver que por você, eu não sinto mais amor.
Joyce Xavier
Entristeço-me ao ver o ambiente pesado e a felicidade presa dentro do armário. Procuro a chave e não encontro, perdi o chaveiro e não posso sair porque não tenho para onde ir. Sempre soube que aqui não é o meu lugar, mas percebo que tem algo perto de mim que não me permite voar.
Joyce Xavier.
Além de manter o sorriso no rosto, faça o bem e cultive a alegria dentro de você mesmo.
Joyce Xavier.
Estou cansada de mim mesma e de todos os dramas que causo dentro da minha história. O passado já está enterrado, as coisas ruins já foram esquecidas e tenho que superar o medo do novo. As realizações estão a caminho e não desistir dos meus sonhos me fez mais forte. Preciso aprender a não jogar flores no túmulo e sim colher as flores que estão na estrada que me espera sem guerra.
Joyce Xavier.
Ela deseja em sua vida só quem a ama de verdade e não por vaidade. Ela gosta de gente de verdade e não de sentimentos pela metade. Ela quer amor e se você não pode dar, fique longe por favor.
Joyce Xavier.
Eu sou a prova viva de que o mundo dá voltas, já estive no céu e fui jogada ao inferno. Eu não estou no sucesso, a minha mudança como pessoa já é um sucesso e isso pra mim é o mais importante. Hoje, sinto-me realizada e preciso somente agradecer a Deus e a mim mesma por ter tido força e coragem para seguir em frente. Fico triste ao ver aqueles que já estiveram no auge e não usaram a sabedoria para o seu próprio equilíbrio nas fortes ventanias da vida, aquelas que podem nos derrubar sem piedade. Fico mais triste ainda com aqueles que nunca estiveram no auge por ausência de humildade na alma. Ser humilde não é ser pobre, ser humilde é ser humano e não esnobar o próximo. Deus só abre os caminhos e constrói os degraus para aqueles que merecem, por isso não observe a vida do outro e não o inveje.
Joyce Xavier
As pessoas sempre arrumarão um motivo para te ofender, não importa o que você faça ou diga, alguém sempre quer te ver morrendo.
Joyce Xavier.
Despertei com o barulho que não se aquieta dentro de mim. Chorei minhas lágrimas vencidas, esqueci-me da saudade de quem não me merecia e abri os olhos assustada ao ver que ainda não era dia. Minhas madrugadas nunca foram caladas, mas hoje tenho apenas o barulho do ventilador no quarto ao lado quando estou acordada. As dores de cabeça me perseguem diariamente com a ansiedade do novo que tenho pela frente. Não tenho motivos para tristeza e ainda não entendi as perguntas para tantas incertezas que se mantêm acesas. Sinto-me sufocada, mas está frio para respirar na calçada. Não me falta força pra viver, não se esgotou a minha vontade de crescer, mas quero ainda gritar no mundo tudo aquilo que eu ainda não consegui dizer.
Joyce Xavier
Amor sincero
E que a nossa história de amor seja a mais verdadeira. Que os nossos laços sejam eternos e que toda a vez que os nossos olhos se cruzarem, meu coração bata forte e que nenhuma inverdade desfaça os beijos que eu sempre quis pra mim. Que a nossa trilha sonora seja a mais tocada em todas as rádios, que a nossa paixão esteja em nossas mãos, no coração, no colchão e por debaixo do nosso edredom. Que as flores do nosso jardim não sejam descartáveis, que tudo seja real e intenso. Que a nossa união não cause inveja aos solitários, que os nossos pés amanheçam juntos e meu beijo de bom dia jamais seja nossa despedida. Que as nossas loucuras sejam apenas nossas, que a felicidade sempre bata na nossa porta e que sejamos o casal perfeito no mundo imperfeito. Venha logo, eu te espero! Te quero pra sempre, meu amor sincero.
Joyce Xavier.
Não tenho o carro do ano, não tenho casa própria e não moro de aluguel, eu moro com meus pais. Não tenho um emprego, não carrego diplomas e não falo outros idiomas. Não ando na moda, não sou da balada e sempre solto uma gargalhada das coisas que alegram a minha alma. Não sou antipática, mas não sou meiga e descarto todos aqueles que dizem que sou um zero à esquerda. Falo palavrão e dificilmente sei dizer não. Tenho minhas frescuras, minhas manias e não quero jamais contaminar a minha vida com hábitos que só me deixam dolorida. Gosto de música, odeio academia e parei de me embriagar diariamente, deixando louca a minha mente. Leio muito e escrevo demais, pode ser estranho pra você, mas sou feliz com o meu modo de viver. Odeio rotina, quase nunca tenho dinheiro para um táxi, estou acima do peso e odeio preconceito. Respeito sua opção sexual, religião e não vou lhe ofender pela sua cor, o que importa pra mim é o seu interior.
Joyce Xavier.
Deus não iria me abençoar e permitir vitórias em minha vida, se todas as calúnias ditas sobre mim fossem reais.
Joyce Xavier.
Não tenho raiva de ninguém, não desejo e não faço mal a ninguém, mas não preciso conviver e sorrir para aqueles que não me querem bem.
Joyce Xavier.
Acho que me apaixonei por alguém que ainda não conheci, alguém que vive nos meus sonhos e que já faz parte dos meus planos.
Joyce Xavier.
Que eu continue com o coração aberto para amar, mesmo com muitos querendo usar palavras apenas para me atormentar.
Joyce Xavier.
Que Deus continue a distanciar aqueles que só desejam me atrapalhar.
Joyce Xavier.
Durante a minha indecisão, metralhei culpas em quem já me perdiu perdão. A dor não passa com o novo tempo que me abraça. Talvez seja vontade de reviver o velho, ou medo do novo que está para florescer. Culpo-me por passar dias de espinhos ao invés de retribuir carinhos. Ainda desconfio de qualquer sorriso sedutor, talvez eu não esteja pronta, talvez meu coração ainda esteja uma zona, talvez eu já esteja pronta para amar, talvez o amor ainda não soube me encontrar, mas não entendo o motivo que o passado sempre insiste em me atrapalhar.
Joyce Xavier.
Minha vida mudou, mas eu não mudei, apenas estou em adaptação. Reavaliando mais uma vez minha vida, resolvi resgatar do passado somente aquilo que me faz forte e acolhi somente aqueles que conseguem prestigiar meu sorriso sem me invejar. É muito simples falar de amor, o difícil é acompanhar alguém e apoiar o seu sonhar. É fácil se julgar como amigo e mover uma torcida interna para que tudo na vida do outro aconteça errado. Reconheço que todas as pessoas que passaram na minha história sejam importantes para o meu crescimento como ser humano, mas isso não significa que seja uma obrigação tê-las por perto. Ao meu lado eu tenho quem eu quero, quem eu tenha a plena certeza que é fiel a mim, mesmo que um dia venha a errar comigo. Quero aqueles que não manifestam maldades para me humilhar. Nem todas as fases da vida são vitoriosas, algumas são como tropeços para analisarmos melhor a nós mesmos. Renasci e percebi que sou uma pessoa abençoada por não ter inimigos, não quero carregar o sentimento de vingança comigo. Sou privilegiada ao ser amada, mesmo que eu ainda consiga enxergar muita gente armada pelas calçadas. Hoje consegui organizar meus sentimentos, coloquei coisas e pessoas em seus lugares e não tenho raiva de ninguém, mas hoje sei diferenciar quem quer meu bem e quem só me quer ao lado quando convém. Tenho as minhas verdades e delas eu não abro mão, não quero mais viver as mentiras inventadas por pessoas que se esforçam para me abraçar. Eu quero viver as melhores realidades da vida longe de gente que não luta pelo seu melhor e não quer que o outro consiga o seu próprio melhor.
Joyce Xavier.
Escrevo para libertar todos os pássaros que existem em mim. Escrevo para extravasar toda a dor que sinto no peito. Escrevo para me curar da raça humana, escrevo para não alimentar saudade, escrevo para não conviver com a solidão.
Joyce Xavier.
Não, eu não vou estacionar. Não posso, não devo e não quero. Abriram os portões para a felicidade, olhei para o outro lado e vi tudo irradiante e iluminado. Não, eu não quero voltar para o mundo negro, é injusto comigo, estarei me traindo! Não vejo motivos para continuar no mesmo lugar, não tenho lugar reservado no passado. Já passei, registrei minha hospedagem e parti. Seguir em frente é o que eu devo fazer, por mim e por todos.
Joyce Xavier.
Existem pessoas boas, mas não tão boas para continuarem na minha vida.
Joyce Xavier.
O amigo invejoso é aquele que mesmo fingir estar ao seu lado, não demonstra nenhum gesto de felicidade com a sua felicidade. Não preciso descobrir através de palavras, o olhar sério e o tom de voz ríspido conseguem desmascarar quem eu achei que fosse meu amigo. O inimigo invejoso é aquele que não consegue ouvir as palavras positivas sobre a sua pessoa, é aquele que sempre tem que jogar merda na sua vitória, é aquele que inventa defeitos e cria histórias para que você seja odiada. As pessoas não querem acreditar que você é uma vitoriosa! As pessoas não são de bem e não aceitam que pessoas de bem conseguem vender na vida também. As pessoas não conseguem resolver seus próprios problemas e querem testemunhar os problemas de quem deseja desbancar. Outras acham bonito ser vulgar, ofender com palavrões e querer destruir o outro enquanto a sua própria vida está destruída.
Doeu tirar algumas pessoas da minha vida. Chorei ao apertar o botão desfazer amizade, sangrou ao lembrar que quem estava ao meu lado não me amava de verdade. Sim, eu digo a verdade. Mas fiz para o meu bem, fiz para me proteger, pois não quero ser alvo e inveja da vida de ninguém.
Joyce Xavier.
Quanto mais você fica bem, mais as pessoas arrumam motivos para te deixarem mal.
Joyce Xavier.
Não sou santa e tenho defeitos insuportáveis até para mim mesma, mas desejo que todos consigam realizar sonhos e carregar a verdadeira felicidade no peito. Não bato palmas para desgraça de quem não me simpatizo, não desejo a morte de quem um dia já me fez sangrar e não uso as pessoas por conveniência e egoísmo. Talvez eu não mereça um lugar no céu, mas se meu lugar no inferno depender das más sementes plantadas por mim para atingir o outro, não irei para as trevas.
Joyce Xavier.
Tenho recebido o carinho de pessoas que eu não esperava, e de alguns que já erraram comigo e não de gente que sempre disse ser meu amigo.
Joyce Xavier.
O amor chegou. Na verdade ele nunca havia partido, eu nunca havia o encontrado. Chegou simples, puro e intenso. Abri meu coração sem medo, é verdadeiro e chegou na minha vida por inteiro. Não rejeitei, não me enganei e consegui olhar o melhor em mim ao perceber que o meu coração acelerava na emoção. Não sinto dores, curei-me de todas as feridas que estavam abertas e hoje preciso ser sincera: apaixonei-me de verdade, sou amada de verdade e hoje todo o amor que sempre sonhei, tornou-se realidade.
Joyce Xavier.
Antes de querer falar algo, tenha a ciência de que você pode se engasgar com o seu próprio veneno.
Joyce Xavier.
Quem atrasa a vida dos outros se fode aos poucos!
Joyce Xavier.
Procure o que te faça bem e esteja com pessoas que são do bem. Não revire o passado, não queira continuar no velho barco, salve sua vida, pule antes que afunde. Se afundar, tente nadar não queira se afogar, não siga contra a maré e ignore qualquer comentário que queira abalar a sua fé e colocar os seus defeitos como se fossem o mundo de erros. Continue com o seu bom coração e não vá atrás da vida de quem lhe fez mal um dia.
Joyce Xavier.
Que o meu coração consiga sempre transbordar amor e alegria, ajudando pessoas e curando feridas.
Joyce Xavier.
Meu Deus, muito obrigada por tudo. Obrigada por fazer de mim uma pessoa melhor a cada dia, obrigada por cuidar de mim e saber quem é a tua filha. Obrigada por conhecer o meu coração e nunca me deixar cair. Obrigada por colocar as flores no meu caminho e sempre me fazer enxergar os espinhos. Obrigada.
Joyce Xavier.
Com os meus dramas, revivo dores que eu não merecia sentir, mas devia viver. A minha melancolia me joga no mundo de lágrimas que não perdem a fé. Os choros de criança dissolvem os sentimentos confusos e me fazem carregar boas lembrança, as más eu guardo e quando caio em tentação, as reviro procurando respostas para as minhas perguntas, respostas que ninguém jamais soube me dizer, interrogações que sempre insistem em aparecer e até mesmo procuro no passado alguma solução para continuar a sobreviver.
Joyce Xavier
Cansei de tanto agradar e me perder em tudo que não me pertence. Perdi minha essência em pensar somente nos outros e esquecer de mim. Esgotei-me em somente dar amor e não receber. Parei de cobrar atenção, eu não gosto de ser cobrada e não funciono sobre pressão. Hoje resgato somente as sensações positivas e não quero que meu olhos enxergam somente o que ficou para trás. Pode até parecer egoísmo ou uma atitude radical, mas preciso me preservar, preciso cuidar um pouco de mim e não devo desacreditar no ser humano. Quero manter a paz e ajudar as pessoas que assim como eu, carregam alguma dor. Sugo-me de coisas boas, as ruins eu não preciso saber. Eu já tenho tantos inimigos dentro de mim, que não preciso do mal para tentar me enlouquecer.
Joyce Xavier.
Foda-se o seu "achismo", tenho piedade do seu desequilíbrio e descarto qualquer falso comentário descrito no seu inventário. Engasgue-se com as suas certezas jogadas sobre a mesa e se contente com o gole da maldade que degusta todos os dias. Perdão é para os fortes, mas minha coragem não desabou com a sua delinquência. Não tenho limites para amar e nunca deixarei de sonhar, mas a sua morte na minha vida jamais será velada, você se foi e suas inverdades não precisam ser reveladas. Deixe-me em paz, viva em paz e que tenha paz ao falar meu nome em vão, pois desta vez não terá o meu perdão,
Joyce Xavier.
Conhecemos muitas pessoas durante a nossa vida. Umas se vão pelas diferenças e nos deixam más lembranças, outras se distanciam pela agitação da vida e nos deixam algumas não lembram a sua existência e ainda tem aquelas que continuam ao seu lado, mas não acompanham a sua evolução. Elas continuam perdidas pelo caminho e não conseguem seguir em direção ao seu próprio destino. Você pode ser visto como louco, maluco e até antipático, mas poucos conseguirão te acompanhar, poucos estarão ao seu lado quando a sua estrela maior brilhar. Por isso, não se lamente pelas partidas e não se culpe por ter partido. Ninguém é nosso por muito tempo e não temos muito tempo na vida dos outros. Faça a sua parte em fazer o bem e deixe que Deus faça o resto, agradeça e diga amém.
Joyce Xavier.
Que a paz volte a reinar, não na minha vida, mas na sua. A paz faz moradia em mim, talvez você nunca tenha conhecido. Procure a sua paz, quando encontra-la perceberá quanto tempo perdeu em odiar e investigar a vida alheia apenas para perturbar.
Joyce Xavier.
Hoje prezo pelo meu sossego. Não aceito falsos sorrisos, desvio-me dos cruéis abraços e não absorvo falsas acusações. Protejo-me da maldade humana que insistem em julgar. As pessoas são mais felizes falando negativamente do outro, elas gostam de apontar para ficarem em paz. Não, eu não quero isso. Ando seletiva, aprendi a observar e resgato somente aqueles que amam de verdade e merecem estar ao meu lado. Não sou uma candidata para a santidade e não sou a dona da razão, eu sou a dona da minha alma e a responsável pela minha própria tranquilidade. Sempre estou de braços abertos para abraçar aqueles que precisam de mim, mas cansei de sentimentos que não são recíprocos. Já me feri demais e já me traíram demais, e hoje para me salvar, prefiro caminhar com poucos, porém, os mais sinceros. Não tenho raiva de ninguém, não tenho mágoa ou desejo mal. Pessoas ruins querem ver as outras no inferno, mas eu prefiro desejar o céu. Ele é grande, tem espaço para muitas pessoas, mas peço que fiquem longe quem realmente não quer o meu bem. Não precisa procurar saber da minha vida, somente coloque meu nome nas orações me desejando positivamente uma paz, pois eu sempre desejo paz e sabedoria para aqueles que eu deixei, ou aqueles me deixaram para trás.
Joyce Xavier.
Tenho meus bons momentos e enfrento os momentos ruins como qualquer outra pessoa. Tenho os meus dias de festas e adoro os meus dias solitários. Sou simpática quase sempre e antipática quase nunca. Odeio pessoas esnobes, amo pessoas humildes. Sou uma explosão de sentimentos, mantenha distância para não ser grosseiramente atingido. Não gosto de pessoas manipuladoras, eu gosto é de respeito. Tenho piedade dos seres que são tolerados ou procurados por interesse, eu tenho orgulho de mim por ser amada, querida e ter pessoas ao meu lado que me querem bem. Os que me achavam insuportável, já traçaram seus caminhos, os que ficaram assinaram no meu coração seu carinho e fidelidade. Podem dizer que eu não presto, podem dizer que eu não sirvo pra nada e quero ser um nada para muitos, mas tudo para os necessários.
Joyce Xavier.
E quando me vejo ao ponto de cair, olho para o céu e presencio o maior dos meus encontros e o melhor salvamento: com Deus.
Joyce Xavier.
Os sentimentos são confusos em mim. Percebo algo indefinido, identifico muros complexados e pintados com sangue. Experimento por alguns dias o incompreensível amor que habita em mim, enlouqueço-me ao remexer feridas que parece não ter fim. Os golpes infelizes que sofri quase todos não foram cicatrizados, na minha alma ainda tem um espaço para a melancólica. Podem dizer que sobrevivo em um drama, podem dizer que todas as noites eu finjo chorar na cama, mas somente eu posso dizer tudo àquilo que é impreciso e sofrido no meu respirar. As dores de cabeça são fortes, mal consigo respirar e as lágrimas não secam, não cansam em molhar o meu rosto que já está sofrido. Ao inspirar sinto a dor, ao expirar sinto que ainda me falta ar. Meus ombros ficam pesados, precisam de abraços e de mãos macias para amenizar o incomodo que insiste em continuar. Nem todos os meus dias são assim, eu tenho dias de brilhantismo e com o meu pincel regado de fé, faço dos meus dias a tela mais bonita. Mas existem os dias frios de solidão, aqueles dias que qualquer palavra pode ser interpretada como um não, dias que prefiro ficar sozinha para não atacar alguém que me queira bem. São dias de crises, dias que me presencio em um complicado labirinto, dias que eu não encontro às saídas para e fórmulas que acabem com a minha ressaca emocional. São dias tristes e dolorosos que só cabem a mim. Viver e passar para o papel tudo aquilo que me impede de permanecer em vida é a forma mais terapêutica que eu já encontrei e quando quero desabafar com alguém, ouço resposta em exageros que pioram o meu desespero.
Joyce Xavier.
Não se anime, eu não vou desistir. Continuarei com a minha luta e na fé eu vou seguir, mesmo que ainda tenham pessoas que coloquem os pés para que eu possa cair.
Joyce Xavier.
Já me acostumei com a minha melancolia, sou tranquila com a minhas atitudes depressivas e como todo o ser humano tenho meus altos e baixos. Às vezes, não existem motivos para que eu venha a me acolher. O coração amassa, mas não se estraçalha. São momentos, talvez apenas um dia ou até dois, depois passa. Ninguém consegue me entender, eu não me atendo e às vezes tenho receio que Deus possa me entender. Não existe a cura no exterior, todas as respostas estão em mim. Tem dias que não me suporto e por isso quase sempre me isolo. Meus ouvidos doem por tanto ouvir críticas e deboches, meus olhos pesam por ler indiretas e piadas, mas ninguém sente o que habita no meu excesso. Procure saber antes de dizer algo, mas não quero que sinta tudo que em mim causa estrago. Não revido com a minha dor as flechas que lançam para me atingir. Já sou a ferida, sobrevivo com a ferida e não que infiltrar-me com as suas concepções que só suspiram por intrigas.
Joyce Xavier.
Os donos da razão serão somente os donos das suas próprias inverdades. Gritam com arrogância tudo aquilo que pode ferir, acham que podem punir através das palavras soberbas que martelam em suas mentes. Acham-se os proprietários do mundo, criticam como defesa e sempre espera alguém que gentilmente ofereça café em sua mesa. Alguns usam as pessoas por conforto, outros conseguem trair seus próprios princípios por covardia e existem aqueles que sempre são prestativos, mas não querem ser oprimidos e não vestem oficialmente a humildade para declarar desculpas. Infelizmente o nosso universo é cruel por habitar seres desta espécie. Uma classe imunda que levanta a bandeira dos seus princípios para conquistar novos inimigos. Para sairmos ilesos, devemos só ouvir e guardar as nossas respostas, uma palavra dita pode ser absorvida como provocação e acabar definitivamente qualquer sentimento de admiração.
Joyce Xavier.
Não queira me acudir quando eu precisar me isolar. Cansei de gritar suplicando por ajuda e muitos fingiram não escutar. Hoje se eu fico no meu recanto, é para não atacar com a minha desconhecida dor, alguém que talvez queira me doar amor. Ninguém é culpado pela bagagem angustiante na qual eu insisto em carregar, ninguém merece assistir os meus momentos tristes e pararem suas vidas para me consolar. Algumas pessoas já se cansaram, outras nem tentaram e eu prefiro o isolamento para lutar contra os meus adversários internos, que surgem em forma de defeitos inaceitáveis. Sento-me no meu desconsolo e o espero passar, ele sempre parte por uns dias, mas sempre retorna. Quando estou prestes a desabar, agarro a minha fé e volto a respirar. Ninguém pode tirar esta dor de mim e não posso doa-la Só cabe a mim superar dia após dia para não surtar.
Joyce Xavier.
Pegue a minha dor e leve para qualquer lugar, mas por favor, não a deixe voltar.
Joyce Xavier.
Se os meus olhos não pesassem tanto, eu poderia enxergá-lo melhor. Você sempre esteve tão próximo e eu deixei a dor me dominar. Prendi-me ao passado e não quis escutar os anjos que sempre me protegeram. Eu sei que você ainda me espera, mas eu ainda não consigo seguir em sua direção, as imagens estão embaçadas e o peso dos meus ombros me cansa, mal consigo respirar. Meus joelhos estão ralados de tanto orar, nunca cansei de solicitar o novo, jamais recusaria em me apaixonar pelo próximo, mas algo me suga e eu não consigo caminhar. Colocam empecilhos, já tropecei nas pedras e me ceguei com as portas que se fecharam no caminho. Sente aqui ao meu lado, dê-me um abraço e não fale nada. Deixe que meus ouvidos possam perceber a sua respiração, deixe que meu corpo sinta a sua presença e permita que meu coração sinta o seu amor. Dê-me a mão, não fuja e não tenha medo, eu sou do bem. Só quero que entenda a minha solidão e respeite meu jeito louco, que por defesa aprendeu a dizer não.
Joyce Xavier.
Sou uma mulher sobrecarregada de interrogações. Os sujeitos indeterminados, não me perseguem mais, foram revelados e os predicados não se calam. Os intransitivos encerraram sua hospedagem e saíram sem pagar a conta, os transitivos continuam a sentir um pequeno afeto. As vírgulas se cansaram e deram seu lugar para as reticências, elas não gostam do ponto final, vivem de esperança e se assustam com as minhas exclamações. Vivo em parênteses, renomeei o passado como um pronome indefinido. Chamo meu futuro de pronome interrogativo, alivio-me encaixando minha ironia entre as aspas e canto cada estrofe com emoção, esquecendo-me de conjugar quem insiste em me julgar.
Joyce Xavier.
Eu amo os depressivos, sou como eles e gosto de estar com eles. Eles me entendem e eu os entendo também. São os mais amáveis e lindos por dentro, são os mais leais e loucos ao extremo.
Joyce Xavier.
Continuo com o meu singelo andar, não tenho pressa e aceito o meu tempo. Quero aprender com as pessoas que eu ainda tenho a conhecer, guardo somente coisas boas daquelas que já passaram pela minha vida e carimbaram suas estadias em minha história. Vou sem medo de tudo que eu venha a descobrir. Meus pés descalços estão preparados em encontrar algumas pedras pela minha estrada. Não quero apenas promessas, quero boas realizações para mim e para o mundo. Estou disposta a sentir novos amores, novas dores e talvez novos recomeços. Sei que estudarei os erros que eu possa vir a cometer, mas não quero perder a chance de viver e de respirar a minha tranquilidade sem medo dos corações cobertos de ruindade.
Joyce Xavier.
As pessoas podem saber parte da minha vida, mas não podem interpretar os sentimentos mais profundos que consigo carregar. Raramente consigo entendê-los, vivem em contingências emocionais, nunca são frios e sempre estão em fogo. Hoje eu sei qual é o meu lugar, respeito o espaço que o outro deve estar, sei onde devo ficar e até aonde posso chegar. Aprendi a deixar as afrontadas palavras somente em neblina, passo por elas às vezes como um furacão, mas quase sempre finjo não percebê-las. Aceito conselhos e amo os aconchegos daqueles que me resguardam, mas não queira me ferir com seus mandatos, não irei obedecer, eu faço tudo o que acho que devo fazer sem prejudicar ninguém, às vezes prefiro me prejudicar para não fazer mal aos outros. Não quero ser comandada, não assinarei contratos de discórdias, não sentarei no banco das testemunhas cruéis, não quero sentar no banco dos réus e por alguma maldade. Tenho piedade de quem sabe das minhas dores e não sentiu o sangue jorrado, fico abismada com aqueles que usam sua análise para o lado negativo, chego a rir daqueles que não viram a página, que contam a mesma história da minha vida sem saber das novidades e sem perceber que eu já superei muita coisa. Antes de alugar um outdoor para divulgar alguma vida, reveja todos os conceitos da sua bela ferida.
Joyce Xavier.
Eu não cobro respostas do mundo, eu quero encontrar no meu eu. Exijo de mim mesma o perdão para todas as injustiças que cometi e os falsos julgamentos que já fiz por raiva. O coração dói quando percebo que as minhas inverdades com o tempo são justificadas, que eu realmente estava enganada de muita coisa e ideias em que já acreditei. Sofro ao lembrar que um dia me iludi em falsas palavras ou interpretei de uma forma errada. Choro ao pensar que em algum momento eu pude dizer ou acreditar em boatos. Não me considero hipócrita ao rever os meus erros, sinto-me humilde em pedir desculpas e ao perceber o quanto fui falha. Rezo para não pecar novamente, mesmo sabendo que irei pecar.
Joyce Xavier.
Os olhos estão sonolentos, a mente não descansa e o corpo pede cama. As palavras se embaralham e a vontade de desenhar é mais intensa do que as letras do teclado que estão no meu olhar. Os ouvidos estão com a melhor canção, aquela que encanta o meu coração. A rua está escura, os postes estão acesos e não existem corpos nas calçadas, não aparecem carros nos asfaltos. Acabou a cerveja na garrafa, a última gota foi degustada e não há bares abertos na cidade. Os cigarros estão em cinzas e restaram guimbas. A cortina é escura e o colchão é antigo, nada é nublado e as vozes não se calaram com os demais que não conseguiram falar. Versos foram citados e positivamente interpretados. Rabiscos sobre a mesa e muitas risadas para quem quisesse ouvir. Não existe censura, a ditadura foi esquecida e colocada na moldura. Falou-se sobre a dor, sentiu-se o amor em mais uma noite de calor.
Joyce Xavier.
Eu sigo o meu próprio caminho, não quero pisar no caminho de ninguém, não nasci para atrapalhar. Trilho somente por onde o meu coração mandar, não irei calçar os velhos sapatos e seguir sem destino só para agradar alguém.
Joyce Xavier.
As pessoas são decepcionantes. Eu decepciono, decepcionam-me. Desapontamo-nos com os outros e desapontamos as pessoas. Nunca seremos um exemplo para alguém, somos os donos das nossas próprias razões e quase sempre somos ríspidos ou arrogantes por cansaço ou pura defesa. Dificilmente alguém respeita o espaço do outro, poucos respeitam o momento de silêncio que cada um deve vivenciar. Permanecemos no mundo onde as mãos não são unidas e sempre pode existir alguém para nos atingir. Afetam com palavras destruidoras ou se desagradam com algo que sempre fazemos para ajudar. Quase tudo que você faça ou diga para auxiliar ou proteger alguém, pode ser em vão. Então antes de qualquer coisa: proteja-se.
Joyce Xavier.
Saudades da minha infância. Saudades de quando eu era protegida e hoje só a fé me protege.
Joyce Xavier.
Abra a porta e tente não entrar como um furacão. Apareça com leveza, a sua mala está pesada, eu sei. Deixe-a em qualquer canto e vá descansar. Não precisa gritar, os outros ouvidos não são culpados pela sua irritação. Venha com tranquilidade, viver para reclamar não irá resolver suas equações mais difíceis.
Joyce Xavier.
Quando perdemos alguém importante, perdemos uma parte de nós e hoje eu coloco o meu joelho no chão e peço ao Senhor que nunca assassine a sua presença na minha vida.
Joyce Xavier.
Já estive acordada por várias noites, já vi o dia amanhecer e me embriaguei de alegria. Já desci do salto, já cai no asfalto e várias vezes já joguei tudo por alto. Resolvi ficar descalça, tudo que aperta me incomoda. Não gosto de deslumbres e vivo melhor com a minha simplicidade. Gosto da praticidade das coisas, não quero complicar mais do que eu mesma complico sem esforço. Coloco os fones, canto alto ao segurar o controle remoto da TV e danço em frente ao meu antigo espelho. Falo sozinha e sinto-me uma maluca do bem ao dar boas gargalhadas que guardo em mim. O café sempre esfria, o cigarro nunca se apaga e mesmo com toda desordem que existe ao meu redor, eu já consigo caminhar aliviada por não persistir uma anarquia interna.
Joyce Xavier.