abril

Ex quando manda recado, é porque sente saudade do seu abraço.

“A distância não é distante para esse amor que cresce a todo instante. É combustível que faz arder dentro do peito. É a dor da saudade com as lágrimas sinceras, é o suspiro de desejo na vontade do seu beijo é perder a conta do quanto penso em teus braços. É a minha inquietação por não estar ao teu lado.

A vontade de te ver é mais longa do que o espaço que nos separa. Não optei por me apaixonar, mas não sei como explicar algo que habita longe da minha simples vida. Essa sintonia e ligação são tão fortes que nos une mesmo tão longe um do outro. E nos faz um só. Transformando-nos no mais belo nó, e no laço de bons sentimentos ornamos com amor o mais lindo jardim, com as nossas afeições que não tem fim.

A distância... ah, ela é essa peça da vida pregada a nós. Tragédia, comédia, romance! Mas não nos importa as milhas entre os dois, não estamos sós. Nossa relação é mantida com a fé, que longitude alguma não nos fará mal. Nas mãos de Deus nossa relação está e nada irá nos afetar.”

(Joyce Xavier e Rachel Carvalho)

Enquanto os ventos sopram ao meu favor, você nunca esqueceu do meu amor. E em toda essa melancolia escondida, transformo meus sentimentos em poesia.

Os homens mais fracos são os que nos deixam mais fortes.

Hoje andei descalça pelo barro. Olhei para o alto e vi os pássaros desenhando o céu. Caminhei atentamente até a primeira árvore. Sentei e me protegi com a sombra de suas folhas. Olhei para os lados e só enxergava o vazio, me senti protegida. Nada além de mim existia naquele lugar, mas o meu coração era a maior proteção naquele lugar. Me senti livre para sorrir ao lembrar das coisas boas que eu já vi passar e não chorei ao lembrar do sofrimento que não tenho mais a sensação do pesar. O Sol se vai, a Lua chega. E ao olhar as estrelas, peço com fé aos anjos que ainda me mantêm de pé. Peço luz para as más línguas que tentam envenenar aqueles que faço o coração vibrar.

Eu sou rebeldia, mas meu coração vive uma eterna poesia. Meu atos involuntários são para me afastar da dor, é uma defesa indefesa. Não se preocupe comigo, meu coração está bem e no abrigo. Escrevo para desabafar, colocando em letras nem tudo aquilo que sinto em mim, mas o que vejo e percebo em pessoas. Descarrego um pouco do que já vivi e descobri que muita gente vive também. Não queira seguir meus passos pelo que escrevo no momento, sou viajante e parto para o meu lado mais insano quando me isolo e solto nas páginas de um livro aberto para quem quiser ler, não é segredo. Entre frases tortas e linhas retas, me absorvo de coragem e me liberto sem medo da maldade.

Joyce Xavier.

A Linguagem universal do amor.

O amor é verbo de ligação. Somos, estamos, ficamos. Unimos nossas arestas com as frestas do outro. Mas não precisamos entender as palavras de alguém pra saber seus sentimentos. Podemos ser amáveis e gentis sem emitir qualquer som. O dom do amor é a sua onipresença. O amor desperta sentimentos e sensações não tão agradáveis quando não se é correspondido. Causam dor, desprezo e lágrimas. Viajamos ao paraíso e com a voz de rejeição, aterrizamos em terra com dor no coração. Um abraço que abriga os nossos pedaços, um estender de mãos quando estamos em queda, um prato de alimento, água ao sedento, ouvidos ao que se entrega. Tudo o que precisamos são de pequenos sinais. Gestos que são protestos contra o egoísmo. Aí está o lirismo da coisa, somos irmãos do mundo, unidos por um mesmo dialeto. O amor se arquiteta inocentemente desde o nosso nascimento. Ele nos abriga dentro do afeto familiar, nas amizades que iremos conquistar e das confidências que iremos contar. Ele nos faz chorar com o primeiro amor que irá chegar, com a dor que acharemos que nunca irá passar e nos guiará para o mundo que iremos conquistar. O amor é palavra chave para a sobrevivência humana. É o que nos faz melhor ao odiar alguém. Seja em coreano, francês, hindu ou japonês. A nossa língua é o bem. E o melhor curso para aprendê-la. É no curso da vida.

Joyce Xavier e Noemi Prates.

O sol irradia lá fora, o calor queima aqui dentro. E no meio da tranquilidade abafada, o inesperado surge. Ela se assusta no meio da luz que queima entre o jardim, ele com a voz mansa e arrependida a perde perdão. Com o corpo de mulher e a alma de menina, ela sorri. No fundo, ela espera por aquilo. Ela esperava dizer em cores tudo aquilo que assombrava ele por dentro. Um dia, ele a fez sofrer. Ela foi ao inferno e se queimou com o fogo do governante daquele local. Ela conheceu a solidão, mesmo que muitos a quisessem. Ela viveu no abismo por muito tempo, sem saber por onde caminhar e sem querer saber por onde procurar a sua eterna luz. Ela enfraqueceu aos prantos, guardando todos os planos que foram sonhados. Ela com seu berro em mágoa, jogou fora a aliança que simbolizava o amor. Sim, somente o amor dela, porque o dele parecia nunca ter existido. Ela esqueceu todos os objetivos do lar que iriam morar.

Ele chorou. Seu coração sangrava por um outro amor. E com toda aquela dor que carregava, percebeu que o coração de alguém um dia sangrou por ele. Ele vestia uma blusa desbotada, uma bermuda rasgada e um chinelo de seu pai. Estava tão transtornado que esqueceu sua vaidade em suas lágrimas.

A menina doce enxugou suas lágrimas. Mostrou que toda aquela dor era necessária para sua evolução como ser humano. Ela manifestou através das suas palavras de paz, que ele não precisava se desculpar. A dor precisava ser inserida na sua alma, a fez ter lealdade pelo próximo. A dor brotou de uma tristeza e hoje se transformou em uma imensa alegria. Não por vê-lo sofrer, mas porque ela caminhou em outras trilhas e encontrou flores durante seus dias. E eles choraram juntos. Se abraçaram e caminharam. Porém, não mais juntos.

Joyce Xavier.

E com esse sorriso simulado você sobrevive. Desprotegeu todos aqueles que nunca hesitaram em estender a mão. Você desenraizou sua essência, cuspiu para quem lhe sempre sorriu e ignorou aquele que sempre te amou. Você se encantou por um brilho maléfico. E esse brilho se deslumbra pela superficialidade na qual você caminha. Você fantasiou e se emocionou. Viver na ilusão era caminhar ao lado da emoção na contra mão. Você sabe de toda verdade, você acordou e enxergou. Tentou se livrar e chegou muito perto de se libertar, mas a sedução de um podre coração fez com quem você mudasse todos os seus sentidos e continuasse a caminhar no meio do desperdício. Sim, desperdício de tempo, desperdício de vida e desperdício de felicidade. Você até sonhou com o passado e foi visitá-lo para confirmar o que sente. Você foi até em outros encontros para o desencontro do seu grande engano. Você foi até o paraíso ilusionário e com feridas pisou na terra apedrejada. Você chora de dor, mas se emociona no disfarce do amor. Você continua no mar de tristeza por comodismo e medo, se sente covarde em enfrentar o mundo que abandonou e reencontrar as pessoas que você magoou. Você remanesce com a incerta euforia. Você caminha enganando o seu interior, mas persiste em caminhar ao lado de uma mentira emocional carregado de dor no seu espiritual. Você caminha sem noção com marcas de sangue no coração.

Joyce Xavier.

Cansei de seguir certos amores que só sabem debochar das minhas dores.

Reconheço meu jeito bizarro, meu gesto arrogante e minha língua desbocada. Atinjo a frieza de gente que quer se aproximar. E com a minha atitude de despreocupação, grita por dentro seu retrato espalhado pela minha alma. Mesmo que eu não queira aceitar, sinto sua essência ao acordar. Em silêncio, sigo seus passos misteriosos e me machuco ao descobrir que por mim seu coração se cala. Friamente meu olhar se lança ao seu. O medo é imenso, a arrogância vira rotina e me traz uma saudade felina. Coração esquartejado de muitas guerras se aprisiona. Meu espírito harmonioso se assusta com qualquer carinho recebido diante do sol que nasce. Os pés calejados de tanto enfrentar as trilhas mentirosas, se acalmam no seu colo estranho. Não sou a metade da mulher que conhece, sou sentimento, sou paz e sou cuidado. Sou séria ao acordar, mas adoro carinho ao me deitar. A proteção persistente me afasta novos amores e me dispara para a solidão. Sem me conhecer e sem me amar muitos homens não querem se aproximar, apenas por esse estilo rude de ser que eu não consigo evitar.

Joyce Xavier.

Não gosta de mim? É um direito seu!

Me atacar? Um tempo perdido que não é meu!

E ao te ver passar, não sinto raiva. Não te desejo mal e até me simpatizo. De longe lhe mando um sorriso, mas no fundo jamais esquecerei o que fez comigo.

E nos momentos de lembrança minha alma grita e o coração palpita.

Joyce Xavier.

Deixe falar o que quiser. Não se oprima, não se ofenda e não dê ouvidos pra essa gente emocionalmente ralé.

Joyce Xavier.

Cuide do seu coração, limpe sua alma e preserve sua fé. Não se abale por forças negativas e não acumule sentimentos medíocres. Não reprima pessoas de má índole. Não seja o dono do mundo, queira sempre aprender a caminhar mesmo que seja no escuro. Não pare, não se conforme. Não se engasgue com o veneno, apenas dilua em bons sentimentos.

Joyce Xavier.

Ninguém é obrigado a gostar de mim e sinceramente? Ando pouco me importando. Cansei de perder meu sono por explosões de mentiras raivosas. Não desisto dos meus sonhos por insultos de gente que mal me conhece. Admiro os que me amam, porque não sou uma pessoa fácil, tenho meus defeitos e sou do bem. Faço barulho com meus aplausos para aqueles que realmente conhecem meus passos. Tenho minhas crises e os que me amam de verdade, respeitam meu espaço. Mas desaprendi a lidar com gente sonsa e fortemente inútil na minha vida. Utilidade e energia de pessoas que me querem realmente bem, é o que importa. O resto? Que continuem a falar e a me agredir, porque com a fé que carrego, nada negro irá me atingir.

Joyce Xavier.

Não gosto quando o passado usa seus artifícios para retornar. Não gosto de me manter interessada por algo que já morreu. Mantenho a história apagada. Não queira voltar pra minha estrada. Hoje sou mais ousada, tirei a fantasia de palhaça.

Nas palavras incertas jogadas ao vento, completo-me com a certeza de que tudo tem seu tempo.

Foi esperando o tempo passar, que ela descobriu o quanto foi bom não se vingar e aprendeu o verdadeiro sentido do verbo amar.

Joyce Xavier.

Quero distância de gente que ao invés de olhar para sua forma de sobreviver, quer criticar e invejar minha alegria de viver.

Joyce Xavier.

Faça me sentir raiva, mas não desperte a tristeza em mim. Ignore-me, mas não proteste com palavras abusivas exibindo-se ao público que não deseja o seu melhor. Você pode até omitir, mas não justifique-se com inverdades os momentos que os ventos me mostrarão a realidade. Não fique em silêncio, não desconfie. Não farei nada como vingança, mas preciso dizer que não lhe guardo mais na lembrança.

Joyce Xavier.

Gente que vive de intriga, geralmente caminha sozinha.

Os problemas surgem como forças para nossa sobrevivência diária.

Isolo-me com minhas dores, criando flores e transbordando alegria para quem remanesce entre as lágrima. Inspiro-me diariamente com o peso da agonia, que contagia até os que nunca me olharam como deveriam. Combatendo com as falsas declarações de amor e dedicatórias de amizade, prossigo na fé mesmo observando inúmeras barbaridades. Fico perplexa com comentários avulsos dos pensamentos que desconhecem os fundamentos. Fiquei aflita ao descobrir que sentem piedade pela dor que carrego. Atualmente a considero como uma amiga, não é tão grande e não a cultivo para não sangrar. É uma dor que deseja positividade e não deslumbra falsas felicidades. Mesmo com a melancolia, a paz não me deixa sozinha. Sou uma pessoa extremamente feliz com as minhas tristezas. É confuso? Sim.

Não entendo como posso amar tanto alguém, e esse alguém não me fazer bem.

Hoje vejo que há mais guerras entre as telas, do que na vida lá fora que me espera.

Metade de mim é amor, a outra metade é o resto da minha dor.

Às vezes lemos alguém e apesar de toda a coerência, isso não nos diz nada. Há várias concordâncias, pontos e acentos. Mas não passa sentimento. É um livro em alemão sem nenhuma tradução. Tudo questão de interpretação. E o outro está isento.

Não nos passa clareza em sua linguagem, sua expressão é interrogativa, não oferece segurança. Os rabiscos nos rascunhos, dizem o oposto do que traduzem o seu rosto. Não julgo ao desconhecer o que esconde, mas posso pressentir o medo que fez ao passado e o receio de quere-lo ao seu lado. Às vezes é questão de interpretação. Um sorriso meio de lado, olhar revelado, um assunto sem noção. Nem sempre vai ser coerente, vamos nos perder em sinais e curvas arriscadas. O mistério está naquilo que a mente edita. E não no que o corpo dita. Pois palavras escondem nossos maiores desejos. São vilarejos com ruas sem saída. Não consigo descrever tudo o que sinto por você, desta forma, é difícil ler alguém que tem tanto a me oferecer. A dúvida pode ser a cura para um coração isolado, palavras molhadas com suas lágrimas no antigo caderno, possivelmente é a melhoria para tanta melancolia. Ainda não vejo o motivo de sua omissão já que não tem um pobre coração. Eu quis tanto saber as causas e não vi que as coisas nem sempre fazem sentido. Há textos que são lidos e jamais compreendidos. Pois nem todos são livros abertos, alguns são apenas manuscritos. Laudas esparsas que o tempo dispersa. E aí o que talvez nos salve é o charme da conversa.

Noemi Prates e Joyce Xavier

Encontro de almas.

Abri as cartas antigas e vi o quanto sou querida. Percebi que existem pessoas ao meu redor, que parecem ter nascido do mesmo ventre. Suas energias são trocadas com minha alma, porque nossos corações batem palma para tanta reciprocidade.

Há tanta conexão, que as auras se adoram.

Uma união sagrada, capaz de juntar o céu e a terra.

É divino sentir no outro alguém uma espécie de espelho seu.

Em meio a multidão o coração que grita agarra o outro de uma forma doce, terna.

Sacode toda a poeira e juntos seguem irradiando o céu, porque na essência levam pureza.

São os fragmentos de felicidade se (re)costurando pelo ar.

Sinto que temos uma conexão espiritual como um cordão umbilical. Nas entrelinhas trocamos sorrisos e sintonizamos verdades. Não precisamos fingir alegria, pois percebemos quando o outro necessita do nosso abraço, o coração aperta e as lágrimas caem por querer curar a dor daquele que vive conosco.

Refletindo o amor, seguimos no mesmo tom no caminho da emoção, porque nós somos reflexos da alma em sintonia.

[ Joyce Xavier & Vitor Ávila ]

Escrevo porque ameniza minha dor, e cura a dor de quem já sofreu por amor.

Testamentos emocionais.

O quê eu deixei? Agora eu deixei de sofrer. Mas enquanto o amava, pude transparecer o meu zelo em cada apelo do meu olhar. Eu deixei carinhos em bilhetes, afetos em telefonemas. Deixei meus beijos em forma de poema. Deixei tantas palavras ao vento, mas expus meu sentimento até a última gota. Quando a gente gosta, entrega o coração por inteiro, ainda que o deixem em pedaços. Deixei de ligar pra besteira, qualquer sorriso seu inundava meu dia. Deixei de criar saudades e fui atrás da felicidade. Mas você, não me deixou ficar. Pode ser que um dia a gente se encontre por aí, nos bares da vida que persistem em nos seguir. Pode ser que a promessa que um dia me fez, possa ser concretizada, mas não quero mais o amor que me fez ficar parada. Não quero mais a essência de algo bruto, que me fez ficar no escuro. Não quero dizer não para a cura da ferida que machuca minha vida. Quero continuar com o diário guardado, aquele com poemas de amor que eu fiz pra você. Não que eu deseje sofrer com a dor guardada, mas preciso lembrar-me de como fomos felizes, mesmo que agora não exista mais nada. Torço pela sua felicidade como um ato de igualdade, não sinto raiva por quem incentivou minhas lágrimas. Hoje mantenho o sorriso no rosto e mergulho no fetiche de quem não me quer somente como apetite. Aprendi a dizer não pra escuridão e aceitei os fins de quem sempre assume o seu lado infeliz.

Joyce Xavier & Noemi Prates.

E você chega com esse jeito dominador. E me suga, fortalece e me mata. Depois some e me enlouquece de saudade, de lembranças e ansiedade. Não te quero a prestação, te quero por completo. Não se dê em pedacinhos, se dê por inteiro.

Não trate como banquete, quem te quer como tira gosto.

E foi na tristeza que conheci meu sucesso. E foi pensando que encontrei meu dom. E foram com meus amigos que eu me encontrei. E foi com você que eu me perdi.

Joyce Xavier.

E mesmo que eu lute contra isso, tenho que assumir: eu sou um berro de mágoas.

Se minha vida voltou a ter emoção, se meu coração voltou a bater forte e se eu voltei a sorrir, tenha certeza que a culpa é sua.

Joyce Xavier.

Se eu falo, sou debochada. Se eu respondo, sou estúpida. Se eu reclamo, sou sentimental. Legal, acho melhor eu aprender a linguagem dos sinais.

Certas atitudes me deixam tão chateada, que quando paro e penso no interior do ofensor, vejo que não devo ter ódio ou raiva. Devo ter compaixão.

E quando eu vejo o vazio do coração humano, percebo que tem gente que precisa da minha ajuda e não do meu desprezo. Mesmo eu precisando às vezes a ajuda de muita gente também. Fazer o bem vira um vício, você quer sempre.

Joyce Xavier.

Foi no frio que encontrei meu abrigo. Vesti-me com amor e reencontrei meu melhor amigo. Reescrevi as cartas de paixão e deixei a antiga ilusão das lágrimas pelo colchão. Servi-me de mulher para quem sabe o que realmente quer. Dar ouvidos ao meu próprio amor, me fez enxergar uma mulher mais forte que supunha ser. Hoje me vejo inteira. Por isso, antes de querer me tocar, cuide para que suas mãos estejam certas do que estarão segurando. Me ame e tenha a certeza de que será mais feliz do que poderia um dia, ser. Me ame com a leveza da sua alma. Abrace-me forte e me proteja. Faça de mim uma mulher perfeita com suas imperfeições, reforçando cada pedaço em mim que insiste em rachar. Cuidarei de você com todo amor que tenho para oferecer. E juntos não seremos um, mas sim, duas metades que se completam. Almas predestinadas, não mudam seu destino. Apenas atravessam caminhos contrários, mas sempre se reencontram no final.

Joyce Xavier e Juliane Rodrigues.

E hoje consegui limpar as manchas de sofrimento, lavando a alma com meu forte pensamento. As palavras sinceras surgiram após uma longa oração com meus anjos. Joguei as cartas na mesa, senti-me como uma princesa que deixa o amargo encurralado entre as verdades. Aquela realidade que precisava ser falada mesmo que não compreendida. Cavei sorridente o túmulo para quem já não deveria estar presente. Não chorei com a partida, apenas experimentei o lado bom da despedida. Desprendi-me de tudo que me fazia chorar nas noites de solidão e suspirei com a tranquilidade de fechar a porta para quem não saía da minha memória. Não omiti minha compaixão e não transmiti agressividade ao dizer não. Apenas finalizei uma história mal terminada, que não quero mais carregar na minha bagagem e na minha longa caminhada.

Joyce Xavier.

Hoje eu acordei com uma imensa vontade de viver tudo aquilo que deixei por amar você.

Joyce Xavier.

Te esquecer não é questão de honra, e sim motivo para ser feliz.

Não, eu não mudei. Eu estava mudada. Frequentava certos ambientes que me traziam a alegria momentânea e as lágrimas ao descansar. Pernoitava longas noites com uma multidão de corações vazios. Sorria para agradar e chorava quando não conseguia mais aguentar. Correspondia com falsas atitudes para ser aceita. Com medo da rejeição, sorria para ser querida e cantava melodias que não me satisfaziam. Conheci muita gente do bem, mas conheci gente do mau também. Modifiquei-me em uma pessoa que sempre critiquei e não queria ser. Esfarelei afeições, iludi-me com emoções e caí em diversas tentações. Rejeitei bons conselhos e por muitas vezes nos momentos de solidão me encontrei em desespero. Minhas ocasiões em revelia eram para chamar atenção de quem não me entendia. Mas era impossível cobrar entendimento de alguém, se eu mesma não conseguia me interpretar. Substitui minhas vontades por lazeres em troca de amizades. Perdi minha identidade, esqueci das minhas verdades e me iludi ao acreditar em certas fidelidades. Não vivo em uma nova fase e sim retorno para meu antigo habitat. Devolver a minha alma minhas próprias vontades e recuperar a minha verdadeira pulsação que estava desaparecida, faz de mim uma mulher extremamente enlouquecida pela minha vida.

Joyce Xavier

Sou feliz porque tenho as melhores pessoas do mundo ao meu lado. Sou teimosa porque mesmo com tantos obstáculos, a vida me surpreende a cada segundo. Sou alegre porque carrego as melhores sintonias. Sou criança por amar demais as coisas simples da vida. Sou inocente por não querer enxergar a maldade alheia. Sou mulher por sempre batalhar com a minha fé.

Joyce Xavier.

Nos meus dias cinzas gosto de ficar sozinha, sendo assim, não arrancarei as pétalas das flores que por mim se alegram.

Até te desculpo pelas coisas do passado, mas isso não quer dizer que voltarei para os seus braços.

Você é apenas mais um. E mesmo com seu coração podre e sua mente realmente imunda, torno-me especial e não apenas mais uma.

Joyce Xavier.

Crônica Cores e Dores

Aloja-se em mim um belo arco-íris de cores felizes. Cansei de permitir que seus lápis cinzas, queira rabiscar afrontas e ocultar o melhor que existe. Em ti, em mim.

O lápis nem ao menos era lápis e sequer era cinza. Era giz, branco, marcado, daquele que se escreve em lousa de criança, e se apaga junto com o desejo e a possibilidade de ir além. Por isto basta, se é pra escrever uma história, ainda que seja breve, que se use as cores intensas do arco-íris e que dentro da brevidade seja tudo, seja inteiro, seja cúmplice, seja verdade. Porque só o que é vibrante merece asilo aqui, dentro de mim.

Não queira apagar com sua borracha maléfica, todas as palavras brilhantes que escrevo com meu coração contagiante. Vivo com a insônia para acalmar as mentes aflitas, batalhando para que no final do arco-íris tenha o potinho de ouro, o ouro do amor, do reconhecimento e de tudo que mereço após tanto sofrimento.

Sofrimento? Não, você não me fez sofrer rapaz. A única coisa que você fez foi mostrar-me o quanto sou capaz de reconstruir, remendar, costurar, bordar e alinhavar sentimentos, desejos, sonhos, quereres e com a coragem que é peculiar as mulheres que se amam seguir em frente por caminhos ainda não percorridos e arriscar sempre a ser intensa, inteira, radiante, perfumada e feliz. Porque eu, ah, eu tenho o arco-íris morando dentro de mim.

E não queira voltar depois de me ver extremamente feliz com as minhas cores, você fez do meu arco-íris moradia, mas se deslumbrou com outras cores que só lhe causam dores.

Cores são cores, amores, desejos e até borrões, mas serão sempre cores e no meu arco-íris não há lugar para o seu lápis cinza que nem era lápis e nem cinza. Era giz branco de lousa: indeciso, impreciso, apagável e volúvel. Ah, não, eu quero cores que são cores, e não as suas cores e dores aqui, a bem dentro de mim.

Joyce Xavier e Romara Magalhães

Cansada da mesmice, de gente que faz pose de miss e vive no famoso disse-me-disse.

E quando resolvi desfazer tudo aquilo que me fazia sofrer, algo brilhou em mim. Brilhou porque permiti a felicidade e aceitei somente os que me amam de verdade.

Não quero saber dos seus status, se anda no tapete vermelho ou desvia das pedras no chão de barro. O que importa é o que transmite, perco-me no coração de gente que tem inteligência e sabedoria para brilhar meus dias com a sua vida.

Joyce Xavier.

Ontem reli a mais bela história de amor. Não senti dor e saudade do que vivi, apenas me senti vazia pelo amor que carrego e hoje não o vejo por onde caminho.

Joyce Xavier

Autenticidade não se ganha com baixarias, sinceridade não se conquista com arrogância. Prepotência em saber que não agrada a todos, não lhe tornará mais forte do que ninguém.

Joyce Xavier.

Eu falo palavrão! Sou mega desbocada! Mas tenho cautela ao usá-los e onde poderei usá-los! Sei muito bem como chegar e sair de qualquer ambiente sem precisar baixar o nível. Não irei expor em redes sociais brincadeiras que podem ofender ou prejudicar diretamente um amigo. Baixaria de certa forma, é não ter humildade para assumir seus erros. A sua personalidade pode ser forte, mas seu respeito diante das pessoas, deve ser mais forte ainda.

Joyce Xavier.

Não quero conviver com os mesmos erros, com as mesmas pessoas, com os mesmos sentimentos. Quero gente nova, quero recomeço, quero novidade. Quero sentimentos diferentes, quero renovar... Quero amar.

Joyce Xavier.

Eu sei o que eu passei.

A pior dor do mundo eu senti.

Se for pra vir até a mim, venha pra ficar...

Venha com o coração.

Cansei desses tapa na cara que a vida tem me dado.

Cansei de tudo que vem e vai embora.

Não quero mais despedidas.

Joyce Xavier.

É acabou. Você me fez sentir a melhor mulher do mundo, é eu fui. Você me ensinou o que é amar. Eu amei. Você me trouxe paz, é eu tinha. Você me mostrou um caminho com flores, com emoção e com carinho. Eu vivia em uma alegria que irritava muita gente. E fui, fui feliz em todos os dias. Mas você jogou fora. Você acendeu e apagou tudo. Toda essa alegria se transformou em dor. E no fundo, por mais que eu tenha o amor próprio maior do que todos que eu já vi, eu sinto sua falta. Sim, eu sinto. Porque gostar de homem que não presta é meu lema. Meu dedo podre, já até caiu de tanto apontar para o cara errado. Mas no fundo, bem lá no fundo eu digo: Ainda sinto sua falta.

Joyce Xavier.

Não sinto saudade do passado, tenho saudade do outro lado.

O lado que me fez sorrir e brindar enquanto as lágrimas queriam rolar pelo rosto que sobrevivia de aparência, não mostrando fraqueza para concorrência.

Saudades das risadas altas, dos cochilos do sofá e da vodka sagrada de toda sexta-feira.

Vazio por muito tempo ficou uma vida de alegria, mas o destino mudou.

Até pensei que fosse piorar. A tal dor me surpreendeu quando consegui suportá-la. Ao olhar para trás tudo havia mudado, os móveis desmontados, as fotos no chão e as malas no portão a espera de alguém para salvação.

Somente olhei, continuei a caminhar. E hoje vejo que ali não era o meu lugar.

Joyce Xavier.

Quando você realizar seus sonhos, nunca (nunca mesmo!) esqueça-se daqueles que ajudaram e lhe deram impulso. Aquele incentivo e aquela mão cuidadora não deverá ser desmemoriada, e sim agradecida com o seu abraço.

Joyce Xavier.

Uma imperfeição carregada de paz.

Tudo que disse, foi de coração. Desabafei, virei as costas e bati a porta do carro. Gente que não se ocupa, no fundo quer desocupar a nossa mente com o que realmente interessa a gente. Quando alguém me faz sofrer, ou me faz mal, não procuro saber. Não fico perguntando para amigos em comum e bisbilhotando redes sociais. Sou apta ao verbo ignorar. Viro a página, mudo o discurso e continuo. Ninguém é obrigado a me amar, sou repleta de defeitos. Sou uma mulher com a personalidade forte e o coração mole. Não vivo de esmolas, não sou interesseira (já me apontaram, mas quem me conhece sabe que é em falso) e sempre trabalhei para pagar minhas futilidades. Recuso-me a voltar a caminhar ao lado de quem um dia já sentiu vergonha de me dar as mãos em público. Não sou manipuladora e hoje já sinto as pessoas que tentam me manipular. Falo sobre as pessoas, sendo algo bom ou ruim. Afinal, quem não fala? Seria hipocrisia da minha parte escrever bondade sem praticar. Não sou tudo aquilo que escrevo, mas tento da melhor forma possível seguir o correto da vida. Sou uma pessoa insuportável, quem me ama de verdade merece todo meu abraço. Resmungo o tempo todo, choro com facilidade, sou dramática e por qualquer palavra mal interpretada, sinto-me ofendida. Já passei por tanta rejeição que carrego um escudo como proteção. Não sou de guardar rancor, mas na hora da raiva xingo e digo coisas absurdas que me sinto mal. Já apanhei demais por perdoar demais. Já estive distante de pessoas e me reaproximei. Não costumo idealizar a vida de quem eu não quero saber, não faço das minhas palavras discórdias. Fico imensamente satisfeita quando alguém engole todo mal que me desejou ao observar de perto a pessoa que sou. Desconsidero quem um dia já disse coisas que não fiz, mas lavo a minha alma ao olhar nos olhos e dizer tudo aquilo que sempre quis. O silêncio é a resposta, pois para cada retorno não há escapatória. Vivo com a minha ansiedade, com as minhas imperfeições e uma boa índole. Da mesma forma que sou odiada, sou amada. Sou popular entre meus amigos, que sempre fazem questão da minha presença, mas gosto de ficar solitária nos meus dias cinzas e quero correr atrás do tempo perdido. Quando me apaixono, esqueço de mim. Sendo assim, sofro tanto para reconquistar minha vida quando chega o fim. Eu sou assim, movida de erros e acertos. Agradeço a cada rasteira que levei e todas as feridas que sempre carreguei. Trago em mim um pouco de cada um que um dia me virou as costas. Procuro sempre absorver o bom daqueles que eu decidi esquecer. Pensar negativo, criticar em deboches as vitórias alheias e desejar o mal, não me tornará feliz. Transformaria-me na criatura mais amargurada do mundo, por não conseguir me livrar dos males ao meu redor. Desejo sorte até para aqueles que não quero mais perto de mim. Que fiquem em paz e me deixem em paz também.

Joyce Xavier.

Existem pessoas que sempre andam ao nosso lado e se dizem amigas, mas quando você consegue algo que espera e conquista a felicidade, elas demonstram no tom de voz e no olhar, a insatisfação ao lhe ver brilhar.

Joyce Xavier.

Já ouvi conselhos de quem já me fez sofrer. Neguei o arrependimento amoroso de quem chorou. Não sei, mas já passou tanto tempo e não tem motivo de reconhecer agora. Ouvi desta mesma pessoa, que não tenho que ir até ninguém. Quem gosta de mim, vem até a mim. Eu sempre com essa mania de procurar, beijar e abraçar todos... Uma ilusão carinhosa! Não quero bater na mesma tecla, mas não quero bater trêsvezes na madeira pedindo isola. Sei lá, acho-me tão entranha, mas ao mesmo tempo tão normal. E posso até ter sido fria ao ouvir palavras sinceras, mas agora não me interessa mais saber de quem não me quis quando deveria. Resta-me saber tudo o que eu tenho pra viver e das pessoas boas que sempre irei reconhecer.

Joyce Xavier.

Na verdade eu não sei quem sou. É difícil saber das coisas da vida, quem dirá sobre mim mesma.

Joyce Xavier.

Hoje fiquei descalça sentada na calçada. Juntei-me com alguns amigos de anos, peguei meu copo de cerveja e o cigarro. Ri alto e abracei muitos. Na verdade, fico distante às vezes para evoluir meu auto-conhecimento, porém, não esqueço de ninguém em algum momento.

Joyce Xavier.

Mais realidade, menos hipocrisia. Mais amizade e distância de gente vestida de santidade.

Mesmo com tantas coisas boas acontecendo, a dor não desaparece por um momento. Não consigo chorar, só fico a pensar quando tudo isso irá acabar. Saudade do amor, saudades do teu amor. E mesmo que eu ainda me perca entre outros cheiros carnais, o seu abraço é que aquele querer que não terei mais.

Joyce Xavier.

Hoje a ferida resolveu sangrar. Não a machuquei, mas ela respingou quando eu menos esperei. É como um vírus e contamina todos os meus sentidos. Não quero mais dar ouvidos a tudo que me leva para o perigo, mas me arrependi de dizer tudo que guardava comigo. Talvez, você não seja merecedor do meu amor. Talvez, você não deveria saber da minha dor. Talvez eu seja apenas uma louca ao carregar um amor impossível ou uma esperançosa pelo seu amor inesquecível.

Joyce Xavier.

Por te amar demais, resolvi te deixar em paz.

Joyce Xavier.

Não sinta pena de mim e do meu antigo sofrimento. Tenha piedade de você por ainda me manter no pensamento.

Joyce Xavier.

Não desgosto de certas pessoas, apenas prefiro me manter distante para continuar seguindo a diante.

Joyce Xavier.

Puxa meu cabelo e me leva pra sua boca, faz meu coração pulsar no ritmo quente e acelerado deste amor tresloucado que me faz voar. Pega-me pela cintura, deixe-me agarrar seu pescoço e sentir seu cheiro louco até o amanhecer, que o sol nascerá para aquecer ainda mais este amor que tem gosto de pele com pele.

E se a chuva chega com o frio, que seja para que encontremos nosso calor longe do perigo. O calor que nos traz abrigo. Abrigo de risos vorazes feito o nosso amor selvagem , é com os seus beijos quentes, me encontro no seu corpo ardente.

Não é pecado amar tanto quem sempre está ao meu lado. Muito menos gozar da certeza sagaz de que o melhor está por vir porque do outro lado é você que me acompanha.

Fez-me esquecer quem um dia me fez sofrer. Pintou as cores do meu arco-íris, fez-me mulher e sem saber percebeu que me quer. E de tanto me querer, de certo, esperta que sou quis pra mim o melhor do seu amor. E com esse amor, desperto em mim o melhor que sou e mais do que poderia ser.

Eu + Você = NÓS.

Joyce Xavier e Tati Zanella.

Às vezes quero reviver tudo aquilo que não consigo esquecer, mas quase sempre prefiro deletar da memória quem não fez questão de continuar na minha história.

Joyce Xavier.

Retirei sua foto do porta retrato, joguei suas roupas pela janela, enxuguei as lágrimas e fui sorrir. Virei o jogo sem perceber, os antigos comentários maldosos foram desculpados e toda a dor que carrego resolvi traduzir em palavras. Perdoei sua injustiça e não sou sua inimiga. Só quero passar longe de quem me usa quando convém.

Joyce Xavier.

A vitória sempre está em suas mãos. Na estrada, siga as placas do seu coração, elas sempre mostram a correta direção.

Carrego lembranças e as transformo em inspiração.

Joyce Xavier.

Não quero mais sentir o que ninguém entende. Não quero tentar explicar toda dor que todos os dias eu suplico para parar. Não quero me embriagar para esquecer, quero ser forte para vencer.

Joyce Xavier.

Respiro esperança para não morrer com a vingança.

Joyce Xavier.