NOSTALGIA
Talvez,
o amor seja o universo de nós mesmos.
E se apenas faço poesia,
faço na saudade de algo que foi um dia,
sem dor,
mas, quiçá,
tão somente, nostalgia.
Não quero e nem posso,
Reencontrar-me com meu passado,
Já foi, sem remorso,
O que foi, foi, e não pode ser voltado.
A vida anda para a frente,
O destino está na dianteira,
Do amor pode se fazer amizade, permanente,
E só a saudade se faz eterna companheira.
É como um vaso quebrado,
Que mesmo remendado,
Não é o mesmo quando foi comprado,
Porque não se vive hoje, o passado.
Assim é o amor,
Que depois da mais louca felicidade,
Não deixa dor,
Mas, deixa na alma uma terna saudade.
E assim,
De tempos em tempos a melancolia,
Vasculha em mim,
E de um amor especial traz doce nostalgia.
Então, longe, tudo há de estar,
Não há mais caminho,
Nem curvas para encontrar,
O amor que foi um dia, hoje segue sozinho,
Ou talvez,
Em outros braços.