NOSTALGIA

Talvez,

o amor seja o universo de nós mesmos.

E se apenas faço poesia,

faço na saudade de algo que foi um dia,

sem dor,

mas, quiçá,

tão somente, nostalgia.

Não quero e nem posso,

Reencontrar-me com meu passado,

Já foi, sem remorso,

O que foi, foi, e não pode ser voltado.

A vida anda para a frente,

O destino está na dianteira,

Do amor pode se fazer amizade, permanente,

E só a saudade se faz eterna companheira.

É como um vaso quebrado,

Que mesmo remendado,

Não é o mesmo quando foi comprado,

Porque não se vive hoje, o passado.

Assim é o amor,

Que depois da mais louca felicidade,

Não deixa dor,

Mas, deixa na alma uma terna saudade.

E assim,

De tempos em tempos a melancolia,

Vasculha em mim,

E de um amor especial traz doce nostalgia.

Então, longe, tudo há de estar,

Não há mais caminho,

Nem curvas para encontrar,

O amor que foi um dia, hoje segue sozinho,

Ou talvez,

Em outros braços.

Socrates Di Lima
Enviado por Socrates Di Lima em 16/06/2014
Reeditado em 16/06/2014
Código do texto: T4846632
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