Ordem e Progresso
Dizem os revolucionários que toda tentativa de censura é inadmissivel. Os mesmos, no entanto, não percebem que o problema não é a censura, mas o limite que está sendo posto. Obviamente, que o autoritarismo, explícito ou disfarçado, de qualquer maneira, é inadequado. O pai que não permite que o filho participe das conversas; o policial que espanca seu filho de forma injusta e violenta. O autoritarismo, seja ele, familiar, físico, ou de qualquer espécie é sempre algo negativo.
Na outra ponta, do lado de quem pode tudo falar, tudo questionar, tudo criticar também vive-se a falta de limite que também é negativa. Basta ver o que acontece no Brasil atualmente. Tanta gente criticando tudo, de maneira absolutamente desarmoniosa e revoltada.
O limite é a porta que você fecha quando está educando uma criança. O limite representa aquilo que não se pode ultrapassar. Estabelecer limites a uma criança é essencial para a sua vida. Uma criança japonesa - não é uma regra - passa por limite desde cedo. Aprende a respeitar os pais; falar baixo; não gritar; aprende a limpar a escola após um dia de estudo. No Brasil, o limite não existe.
No entanto, aquele que hoje é revolucionário, um dia foi uma criança: infelizmente, foi uma criança mal-criada. Não recebeu a benção do limite, e agora vai verbalizar crítica a tudo e todos. Taí o que se chama marxismo!