Circense.

Meu coração sempre foi circense.

Fantasias, música alta, excessos e poesias encenadas.

Eu sou a bailarina que se apoia delicadamente sobre o elefante, ponderada e equilibrada, cujos passos necessitam de precisão para que um desastre não ocorra.

Sou o mágico cujo exterior todos conhecem com semblante sorridente, mas o íntimo permanece desconhecido e intocável aos olhos famintos da plateia.

Sou o menino que se reveste de coragem e enfrenta o globo da morte, afirmando para si mesmo que tudo ficará bem no final.

Sou os animais que ficam presos até que o espetáculo comece. Para que então, possam se libertar.

Sou cada um da trupe, cujos sonhos se entrelaçam no emaranhado de estradas que percorrem dia após dia, desbravando todos os cantos e não levando nada de lugar nenhum..

Apenas uma liberdade fresca e solitária que enche meu coração circense cada vez mais.

J Monsôres
Enviado por J Monsôres em 25/03/2014
Código do texto: T4743661
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