Tu olhas para ti...
Tu olhas para ti quando teus sentimentos estão aos teus pés... Caída roupa... Desnuda alma na frente do espelho. Tua pele... Pele tua. Cobrindo-lhe os pés... Calcanhares... A sociedade te segura... Teus braços presos esticados... E a agulha... Uma lança a perfurar a tua razão... A tua consciência... A tua lucidez. Enquanto outra mão que não és tua... Aperta tua veia... e enche uma taça quebrada de teu choro... De tua dor... E as portas que se abrem lhe dão um banco em uma praça... Onde te senta... Onde ri... Onde tudo pode... Do nada pode... A volta...? A doce volta com gosto de fel. O espelho...? Que espelho...?