POEMINHA +/_ ONÍRICO
"os poetas nunca dormem"
Livro das cinzas e do vento
Dada recitava
um poema
que acabara de sonhar.
Do cheiro da urina
humana
tratava
porque a necessidade de mijar
o acordara.
Ó, cara!
disse o Babaca-Mor.
Como tens coragem
de estragar
nosso café da manhã
com esse troço de mau gosto?
E descarregou chumbo grosso
com seu aparelhinho de matar.
A única reação de Dada foi sorrir
com a boca do estômago
crivado de balas.
No son(h)o do poeta
tudo é vigília.
Kopán – 08/12/13 – 05h00 +/_