Refletindo ...( texto meramente filosófico )

Imaginar que o amor possa realmente não ter em sua fórmula a mentira é querer inegavelmente não ver uma família de lobos fatiando a sua presa e servida à francesa, a que me compete à inexistência da sabedoria acreditar que a mesma possa ou não, ser pintada da forma cujo qual determine uma delimitação dos princípios individuais do coletivo relacionamento feito e forjado por não menos de dois, mas passivo ao agrupamento de três sem que os mesmo tenham iguais pesos e medidas pelo conjunto a de se pensar que o entendimento da razão dos sentimentos penda para a observância da descaracterização dando outros nomes ou valores a este sentimento.

A, porém algo a se lembrar de que por não poucas vezes as cortinas caíram não de forma desleixadas ou ocasionais, pois não a importância disso e nem mesmo se por ventura as mesmas tenham sido largadas pelas mãos de um pagão calando “Fausto”, mas movendo bocas que como tempestades gritam exigindo, derrubando tudo a sua frente e ao amor lhe é espetada a carne com um alfinete como uma tremula e jovem amante vestindo o branco com os últimos ajustes da conhecida e roliça senhora casta a costurar-lhe seus sonhos na bainha do vestido.

Amputada mil vezes a minha língua fora quando repeti a frase dita por um soldado romano no fragor da batalha, enquanto cabeças rolavam e gritos de dor, pavor, horror calaram-se, espadas e lanças que como por encanto congelaram em pleno ar, e ao repetir a frase, ”___Eu te amo Efésio”. Dita pelo bárbaro ao seu soldado cujo matou por amor, enquanto Lúcifer ainda criança chupava o próprio dedinho no colo de sua mãe, a muito de minha insanidade supor que fora ele amamentado de fora do peito com um leite que não fora vindo do amor e sim da mentira dele, posso supor realmente ser loucura uma vez tecida a certeza de que ele existe além do querer do corpo e homens amarem homens e mulheres amarem mulheres e se assim for como não posso achá-lo divino, pois ao meu pensar não existe algo tão grande a ponto de colocar o homem na mesma condição da mulher e a mulher na mesma condição do homem, mas digo com a certeza, aquela mesma certeza que por vezes infindas alimentou-me de dúvidas e que por si só roubou-me uma parte de minhas emoções e como um brincalhão ou como um vândalo ou ainda sem saber deu-me a mim mesmo para saciar a minha fome e que em vista disso reafirmo que as mentiras que adornam o amor estão até mesmo nesta troca absoluta do real e imaginável.

E ainda diante a isto tudo enquanto comemos raízes, as de margaridas ou de tulipas pergunto-te se por venturas homem seja e na mesma condição que naturalmente a sua maneira natural de criação e natureza venha a cometer um pensamento livre e neste livre encontra-se já não mais a certeza de ser simplesmente homem por ato e fato de começar a pensar em outro homem, poderia até então supor que o amor possa ser considerado realmente um sentimento dado aos mortais por livre conquista ou por imposição?

E a ti mulher desprovida de membro, haste, porém provida de desejo de algo teu entrar em outro corpo não como algo mundano, sujo ou movido pelo sentimento de poder, de domínio, sentir a tua boca em outra boca que não seja a de um homem, mas não por simples luxúria, mas para edificar o teu amor, ainda assim entenderiam que ouve verdade ou exista verdade ou ainda a verdadeira verdade está nisso ou naquilo que se não completa realiza e se realiza posso ai sim entender que a mentira dentro do amor possa ser salutar?

Não quero, no entanto acercar o amor como culpado ou inocente, pois a ele por si só consegue em movimentos ritmados absolver tanto a culpa como a inocência, ser juiz e réu e mesmo assim ser vestido por um fino véu, transparente deixando a vista até mesmo as crianças as partes pudendas, selos que só deveriam ser abertos por corpos e mãos que retesem um amor verdadeiramente impoluto, quase platônico, mas edificado pelo ato não sujo e nem promíscuo da carne.

Mesmo que venha a pensar que só o citar da palavra “criança” nos remeterá a uma quebra de valores e senso moral, lembrar-vos-ei que o amor não vive e nem se sustenta dentro da moral e da ética ele tem princípios próprios como se tivesse corpo e mente individual visto que o seu poder iguala-se a de grandes conquistadores da história, por quantas vezes viste ou soubeste do sofrer de um homem ou de uma mulher por amor, seria da natureza humana que o masoquismo fizesse parte de nosso principio de vida?

Suacrem
Enviado por Suacrem em 02/10/2013
Código do texto: T4507435
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