Há algo de errado?
Há algo de errado comigo? Não sei, talvez sejam todos ao meu redor, mesmo que a probabilidade seja ínfima. O quão louco posso ser? O quão psicótico? Estou vivendo minha vida de um modo neurótico. Qual a dificuldade de entender que alguém possua uma necessidade social de ter amigos? Qual a dificuldade de querer ser amado? Qual a dificuldade de perceber que apenas quero ser normal?
Tantas perguntas, nenhuma resposta.
Esta é minha realidade, cheio de amigos, mas sem ninguém, cheio de amores, mas sem alguém, cheio de desejos e saudades, mas sem oportunidade pela vida.
Eu sei, querer tudo isso pode ser demais, mas possuir nada é demais a mim mesmo, necessito de carinho e atenção, o suficiente para eu me sentir um alguém, necessito de respostas e compreensão, porque viver doente já virou uma linha tênue.
Talvez eu possa querer fingir, mostrar sem alguém diferente, alguém a quem eu possa fazer gostarem de mim... Não! Não será de mim que irão gostar. A minha personalidade e caráter me impede de que eu possa me enganar assim, esse desejo de sofrer permuta minha paz, me traz um sofrimento enorme que para outrem é algo mínimo, mas somente o é assim para outrem por este o possuir, e meu pensamento eterno de um mínimo de felicidade não irá chegar ao fim.
Melhor ser eu mesmo, buscar pessoas que saibam como é viver assim, trazer para meu mundo aqueles que duvidarem de mim, destacar carinhosamente cada frase em meus versos sobre meus sentimentos agonizantes, e faze-las provarem de meu veneno para que acabe de vez esta reluta em torno de mim.