Ainda buscando entender as manifestações populares
As estatísticas não mentem, mas olham de dentro de um helicóptero (eu não estou me referindo ao trabalho do jornalismo, não mesmo).
O impossível é amordaçar o pensamento.
Eu não chamei professor de tio e nem de tia.
Quem desacata autoridade vai para a cadeia e quem desacata professor vai para o inferno.
A manifestação dos estudantes do passado era gestada no peito e na escola.
A maioria dos jovens desta geração tem um fascínio imenso pelos anos dourados, pela década de 60. Cada tempo com seus costumes, nós não tínhamos Facebook.
Quando eu tinha vinte anos, também fui enganada pelos patriotas de tocaia. Tou esperta e no lucro.
Em matéria de conversa para boi dormir eu sou gato que tomou banho de água gelada. Tou acordada e é de há muito.
Explico, desenho: essa declaração arrebatadora de amor ao país não está me convencendo. Estou ainda só ouvindo. Pode ser que eu fraqueje e aceite a cantada, mulher é bicho fraco.
Tem gente que meteu na cabeça oca que todos que estão na Internet são fakes. Então, e agora, José? Olha o fake aí nas ruas.
Precisamos ler e entender o mundo, disse-o bem o Paulo Freire, mas é igualmente necessário que o mundo nos saiba também ler e entender. Assim haverá diálogo.
Ser educado nem sempre equivale a ser bom ou bobo, mas a ser conveniente e civilizado.
Não mostre que sabe lamber, pois o outro pode saber morder.
Não é assim não, nesse me-dê-tem-que-dar-e-agora-mesmo.