SEM PALAVRAS
Hoje as palavras estão de mal comigo.
Elas vem, sobrevoam a minha cabeça,
Mas se recusam a pousar.
Não vou mais me preocupar com elas.
Nem vou pensar em rimar.
Hoje vou poetar sem rima.
Vou entrar em outro clima.
Não vou entrar no jogo delas.
Se elas não quiserem vir,
Que não venham.
Fico com as que já domino.
Assim cumpro o meu destino.
De ser um poeta modesto.
Modesto, mas não medíocre.
Pelo menos isso, eu não sou.
... Ou será que sou?
Agora eu fiquei na dúvida!
Continuo ou não, a poetar?
Por via das dúvidas, vou parar.
Mas amanhã eu tento de novo.
Até amanhã então, meu povo!