O BOM AMANTE
Não sou este zangão beligerante e fugaz amante, que arranca suspiro das flores apenas por instantes surreais. E logo por interesse mesquinho tudo se liquefaz. Sou bem este besouro que poliniza a rainha dos nenúfares adentrando-lhe as entranhas logo após seu desabrochar, que poeticamente se dá ao finalzinho da tarde e mantém-se preso a ela até o dia seguinte, pois que na noite a alva flor se fecha e o mantém cativo dentro de si.