Medo
Para ter medo, basta viver, mas para viver não basta ter medo.
O medo sendo um princípio evolutivo nos ajudou a aqui chegar, mas para realizar em essência a quase magia do viver, o medo acima de um mínimo é pernicioso e destrutivo.
Nossa humanidade requer certa ousadia, certa dose de coragem para lutar pelo social e certo desapego a nós mesmos. A morte e a perda sempre nos rodeiam, e esperar por elas é necessário, mas sofrer por elas é totalmente desnecessário.
Se a morte chegar, dela nada saberemos, pois que mortos não a encontraremos. Se a perda nos acolher pelo caminho, que droga, mas temos que fazer do luto nosso estado meramente temporário e continuar caminhando, sabendo que a perda jamais será substituída, mas sendo algo natural, é sempre nossa companheira. A lembrança e possíveis obras, sempre estarão vivas em nossa mente, mas a ausência física será nossa realidade.