O amor e a decepção
De Tania Mara Benaion de C. Motta

A decepção no amor machuca, dói, corrói e nos deixa mais resistentes. Resistentes no sentido de que ficaremos mais atentos às situações que nos rodeiam. Isso é bom? Não. Pois o amor deve ser livre de restrições, medos e pensamentos negativos. Mas... A decepção só existe entre as pessoas as quais amamos, pois o que elas fazem nos atinge diretamente. E aquelas que não damos importância, não podem nos ferir, porque não esperamos e não desejamos nada delas.
O amor não tem idade, raça ou religião. É simplesmente amor. Recíproco ou não, eterno ou efêmero, mas tem que ser verdadeiro.
Amar é algo que não se explica, não se desenha e não se domina. O amor é de dentro pra fora, acelera o coração, nos faz suar no frio, te deixa zonza, fraca, domina nossos pensamentos e nos faz sonhar. Amar é deixar fluir o sentimento, que naquele exato momento, ao fechar nossos olhos conseguimos enxergar a luz, a vida e o coração.
Ah... O amor! Uma mistura e uma loucura, um momento e um ressentimento, um beijo e um desejo, um toque sem retoque, um pensar de um desejar, um abraço que nos reforça um laço, não tem forme e nem se reforma, uma lágrima a mais que se desfaz.
Mas não deixemos de amar por receio da decepção. Amar é vital, visceral. Sem amor não existe vida, esperança ou caminho a seguir. Deixemos que o amor tome conta dos nossos corações, mesmo que a decepção venha depois e cubra de luto os corações de nós dois.