Prometeu adormecido
Sou apenas o vazio que o tempo não consumiu. Sou o espaço entre o era o o fui, sou a marca do passado desfeito, sou Prometeu enraivecido, sou a fúria das noites, a ira dos mares e das marés, sou eu, apenas eu, a trilhar nas noites escuras e sozinhas e vazias, e perdido.
Eu, nada mais que um tolo e louco e solitário, coração apaixonado e solto a arder na noite escura e só, em busca de um cais, de um porto.