Escatologia Facebookiana - [9]

Quando há no indivíduo a predisposição de se sentir mal, de se sentir miseravelmente por baixo, qualquer momento altaneiro/egoísta é o elixir de sua felicidade - e ele a resguarda como um avarento o faz a um tostão.

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Predisposição biológica a renegar felicidade.

A felicidade como um comichão, como uma unha encravada, como um ponto bifurcado capcioso, na estrada.

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Interjeição que expressa todo o meu sentimento por ter que abandonar minha cama e ir trabalhar em plena emenda de feriado: AFF!

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Antes de morrer, espero poder mandar todo mundo (que instilar tal vontade) ir tomar no cu.

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Você tá de cabeça baixa e quando levanta se depara com uma bela duma bunda. Adoro o Metrô!

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Vejo mulheres com buquês e penso: quem foi o otário?

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Que orgulho: joguei "ralar o cu na ostra" no Google e um dos primeiros resultados é um texto meu.

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Simplesmente estou amando não ter com o que me importar. Por mais que isso, a longo prazo, me seja uma desgraça.

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Um orgulho? Fazer parte da geração que sofrerá impiedosamente por fazer do Planeta um chiqueiro.

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A vergonha alheia is the new olhar no olho da Medusa.

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Décimo primeiro Mandamento: E não cacarejarás em transporte público antes do meio-dia. Amém!

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E não há concessão que não te faça se sentir um Judas de si próprio.

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Um cargo latente, porém imanente, que tem em toda e qualquer empresa, é o de Prestador de Serviços de Pronta-Intriga.

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Uma lenda urbana chamada "dormi antes das 22h".

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Manifestações de carência em redes sociais são a própria explicação do porquê delas.

01/05/2012

Rafael P Abreu
Enviado por Rafael P Abreu em 01/05/2012
Reeditado em 01/05/2012
Código do texto: T3644714
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