AGORA CHOVE
Sabe o que isto significa?
Estou salva!
Dá para ouvir os barulhos se misturando num abraço enfurecido,os gemidos de pranto se derramando na madrugada, gritos de dor ecoando ao longe, depois de menos longe, de mais pertinho...
Uma sinfonia em gritos de lágrimas do vento, dos coqueiros, da areia, do mar, dos bancos de cimento armado tentando, fingindo-se de fortes, mas todos eles sucumbindo, sob o temporal...
O vento entremeando-se na areia, a areia volteando no ar molhado e caindo no asfalto, o mar arrotando trovões, por que engoliu água da chuva, a chuva deitando aos pingos nas ondas, as ondas elevando-se e quebrando contra os diques inúteis, avançando contra o calçadão, cobrindo-o de espuma negra de escuridão sem estrelas...
Pela manhã, após o Sol nascer, haverá, certamente, menos alguns banquinhos de concreto inteiros, menos coqueiros de pé, menos espaço para as caminhadas, menos pessoas caminhando às quatro da manã, menos cachorros latindo perseguindo gatos e bicicletas, menos cocô de cachorro na calçada, menos espaço na faixa de areia...
Haverá mais, muito mais, certamente, animaizinhos mortos entre os sargaços marrons-esverdeados, mais lixo plástico espalhado na areia que estará menos branca, mais folhas dos coqueiros soltas, desmaiadas pelo chão, mais bancos de concreto e tijolinhos vermelhos quebrados, mais lama no meu quintal...
Depois que o Sol nascer...
Que me importa?
Agora, chove!
Sabe o que isto significa?
Que estou salva!
Não preciso mais chorar sozinha!
Não nesta madrugada...
VIDA INTELIGENTE NA NET:
http://tripasecoracao.blogspot.com/2011_01_01_archive.html
http://youtu.be/WAOdpMkRJDE
Sabe o que isto significa?
Estou salva!
Dá para ouvir os barulhos se misturando num abraço enfurecido,os gemidos de pranto se derramando na madrugada, gritos de dor ecoando ao longe, depois de menos longe, de mais pertinho...
Uma sinfonia em gritos de lágrimas do vento, dos coqueiros, da areia, do mar, dos bancos de cimento armado tentando, fingindo-se de fortes, mas todos eles sucumbindo, sob o temporal...
O vento entremeando-se na areia, a areia volteando no ar molhado e caindo no asfalto, o mar arrotando trovões, por que engoliu água da chuva, a chuva deitando aos pingos nas ondas, as ondas elevando-se e quebrando contra os diques inúteis, avançando contra o calçadão, cobrindo-o de espuma negra de escuridão sem estrelas...
Pela manhã, após o Sol nascer, haverá, certamente, menos alguns banquinhos de concreto inteiros, menos coqueiros de pé, menos espaço para as caminhadas, menos pessoas caminhando às quatro da manã, menos cachorros latindo perseguindo gatos e bicicletas, menos cocô de cachorro na calçada, menos espaço na faixa de areia...
Haverá mais, muito mais, certamente, animaizinhos mortos entre os sargaços marrons-esverdeados, mais lixo plástico espalhado na areia que estará menos branca, mais folhas dos coqueiros soltas, desmaiadas pelo chão, mais bancos de concreto e tijolinhos vermelhos quebrados, mais lama no meu quintal...
Depois que o Sol nascer...
Que me importa?
Agora, chove!
Sabe o que isto significa?
Que estou salva!
Não preciso mais chorar sozinha!
Não nesta madrugada...
VIDA INTELIGENTE NA NET:
http://tripasecoracao.blogspot.com/2011_01_01_archive.html
http://youtu.be/WAOdpMkRJDE