O jeito de cada um
Ainda hoje, lendo um poema de Gustavo Guerra, me dei conta do quanto sou suspensa. Acho que é essa mania de não fincar raiz. Não que não tenha encontrado solo fértil. É simplesmente por não me sentir bem como uma árvore "fincada" no chão. Não sei criar raiz. Então penso nas coisas que me movem, que conseguem mexer comigo: chuva, o vento, movimentos da vida, o jeito de ser das pessoas...
Gosto de sentir os respingos da chuva no rosto, quando, depois vem aquele arzinho molhado e a gente corre só pra durar mais um pouquinho... Parece contraditório.
É gostoso observar como as pessoas encontram saídas pras coisas que, aparentemente, não têm solução. Isso é movimento.
É, acho que sou que nem água: maleável e represável até encontrar uma saída.