Que sou mãe coruja, e tenho orgulho de meus filhos, é ‘defeito’ reconhecido e confirmado por mim.
Mas há falas que marcam e carregamos para sempre. Sejam elas de uma sabedoria tão intensa, que me questiono em que momento da vida se formou, como as que se formam nas relações de raciocínio da primeira infância.
Semana passada, minha filha de quatro anos saiu com uma ótima. A sua professora presenteia com uma estrelinha dourada, os aluninhos que se comportaram. Como não é sempre que minha princesa ganha uma estrelinha (sim, é danadinha mesmo), ela as valoriza imensamente.
Estrelinha grudada no dedinho, ao entrar no carro reclama ao pai, muito braba:
- Papai, você derrubou minha estrelinha ...!
- Eu não derrubei não!
- Derrubou sim, você bateu com o joelho na minha mãozinha.
- Mas como posso ter batido com o joelho, se estou com os dois fora do carro?
- Não foi com esse joelho, foi com o joelho do braço.
Vai dizer que não há coerência neste raciocínio?!?!