Nem sempre... 

Nem sempre somos o que podemos ser.
Nem sempre podemos ser o que somos.
Nem sempre somos o que queremos ser.
Nem sempre queremos ser o que somos.
Nem sempre somos o que quisemos ser.
Nem sempre quisemos ser o que fomos.
Nem sempre fomos o que quisemos ser.
Nem sempre queríamos ser o que fomos.
Nem sempre fomos o que queríamos ser.
Nem sempre podíamos ser o que éramos.
Nem sempre éramos o que queríamos ser.
Nem sempre queríamos ser o que éramos.
Nem sempre éramos o que podíamos ser.
Nem sempre podíamos ser o que fôramos.
Nem sempre somos o que queríamos ser.
Nem sempre podíamos ser o que queríamos.
Nem sempre éramos o que podíamos ser.
Nem sempre seremos o que pudermos ser.
Nem sempre poderemos ser o que queremos.
Nem sempre seremos o que queremos ser.
Nem sempre poderemos ser o que quisermos.
Nem sempre seremos o que podemos ser.
Até poderemos ser o que não queremos,
mas nunca poderemos ser o que nunca seremos!
Nem sempre o querer é para poder ser.
Nem sempre o ser quer poder e querer,
mas sempre o querer é para se poder ser.
Nem sempre fomos o que poderíamos ter sido.
Nem sempre, com poder ou querer,
restará o verbo vencido!


Imagem: o autor em fotos de 2005 a 2010.
 

AURISMAR MAZINHO MONTEIRO
Enviado por AURISMAR MAZINHO MONTEIRO em 25/03/2011
Reeditado em 23/08/2021
Código do texto: T2870508
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