Amor

"Sempre que me pego a declamar mentalmente o soneto "Amor é fogo que arde sem se ver", sinto um desconforto me bulir por dentro, uma ânsia exasperada que me faz contorcer o corpo e devastar a mente por lembrar daqueles lábios articulando as palavras com lentidão lasciva, quase me fazendo estremecer; lembro dos olhos penetrantes em minha pele, deixando-me tonta e desatinada; da voz rouca que me arrepiava os pelos da nuca e fazia o meu estômago apertar. Isso me enoja."

in: Eternos Amantes

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