Escolher o que penso
Assim como o que comemos acaba sendo nossa feição, o que lemos e seguimos desemboca em nossa imagem, aquela interior, outrora tida por alma ou espírito, ou mesmo psique! Comilança seguida de preguiça não dá em outra além de obesidade... amores insanos e vorazes, nem deixam o indivíduo se alimentar direito; mesmo se tiver alimento em casa, resume-se num "ser magrinho", pois o Eros, faminto, vai atacá-lo e querer até seus rins! Barbaridade! E o que dizer daquela fome reflexo das inoportunidades, dos desempregos, do abandono, da inanição? Se somos o que comemos... essa sociedade capitalista prefere pensar que quem não come "não é nada" e, aliás, faz até questão que nada seja esse desnutrido! A gente pode escolher o que nos nutre, desde alimentos, até livros, revistas, ideologias, frases feitas... Mas eu, como representante desses seres tidos como humanos, até o presente momento, não posso escolher o que penso!