A Escrava que virou Embaixatris

Se contenta em ser o ar que respiras

a água onde te banhas

o creme que suaviza a tua pele

as palavras que soletras

responder ao que te faz sofrer

te dar abrigo ao anoitecer

te acolher como nos sonhos

ser o copo que deleitas

te apoiar como poltrona

o lume da fogueira, ser

a retina verde dos teus olhos negros

pulsar em sangue nas tuas veias

recolher-te como adorno

um instrumento a teu belo prazer

o "Tic tac" de algo inexistível, uma bomba

a bolha de ar, suficiente sería

se a asopras e tudo cintila, e eu voo

Para uns és escrava, para ti a Embaixatris de não poder

Divavid
Enviado por Divavid em 26/05/2010
Reeditado em 18/12/2018
Código do texto: T2281212
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