Amor, desejo, repressão

Citando Furtado:

"... aludimos variadas vezes ao sofrimento do amor, à consciência triste de não poder realizar seu desejo mais profundo de comunhão ou de fusão, ao estado de fragilidade em que o amor nos lança situando-nos na dependência do outro e seus caprichos. A obra de Freud acrescentou a estas constatações tradicionais na literatura a de que o desejo deve ser necessariamente reprimido pela sociedade a fim de enquadrar cada indivíduo no esquema de comportamento requerido por ela. O preço a pagar pela existência civilizada seria assim a mutilação da energia e do desejo sexuais originários..." (FURTADO, J. L. "Amor". São Paulo: Globo, 2008, p. 128).