Falas do povo

Quem tem amores não dorme.

Pés e costas quentes, cabeça fria e claras urinas... adeus aos médicos e às medicinas!

As febres outonais, ou são longas ou mortais.

Se cair o céu, matará as cotovias!

Quando isto é na estrada, o que passará no mato?!

Não digas mal d'el-rei, nem entre dentes, porque em toda a parte tem parentes.

O medíocre representa um progresso, comparado com o imbecil.

A sopa para ser boa deve berrar e roncar.

Em Agosto secam as fontes e em Setembro ardem os montes.

Barriga lisa, escusa camisa.

Mais dá o cru que o nu.

Gado de bico nunca faz o amo rico.

Pelo sinal

do carqueijal

vinho maduro,

cereja bical;

comi toucinho,

fez-me mal:

se mais me dessem

mais comia,

adeus compadre,

até outro dia.

Salvé rainha,

mata a galinha

põe-na a cozer,

dá-ma a comer,

espera por ela,

já 'stá na goela.

Sorróbico bico

Quem te deu tamanho bico?

ANTONIO JORGE
Enviado por ANTONIO JORGE em 06/10/2009
Reeditado em 30/10/2009
Código do texto: T1850730