O NEGÓCIO DA NECROFILIA
Em 1971, quando Pablo Picasso faleceu, o poeta chileno Pablo Neruda disse: É como se tivesse desaparecido um continente.
Nestes dias, com a morte de Michael Jackson não um continente, várias galáxias desapareceram.
Este é o espetáculo apresentado pela mídia internacional a serviço dos negócios da metrópole.
Alguém disse que a morte de um homem empobrece a humanidade, talvez, porém, uma parte desta mesma humanidade sabe aproveitar o evento para ficar mais rica.
Além da venda de discos e dos mais diversos suvenirs póstumos, houve sorteio e venda de ingressos para assistir ao funeral em que o convidado principal deixou de comparecer, e não por vontade própria. Não se trata de humor negro, apenas a constatação de um fato fartamente explorado pela imprensa, naturalmente.
Àqueles que acreditam que chegamos ao fim dos tempos, pois às inundações, terremotos, aquecimento global, buracos negros, acidentes aéreos "inexplicáveis", guerras "religiosas" e das outras, proliferação de drogas e "balas perdidas", se segue a morte de DO pop Star, digo: Não se preocupem, a fábrica de ídolos continua trabalhando de vento em popa apesar (?) da crise financeira. O artista morreu?, paciência, o negócio deve continuar!