Contou-me minha mãe que meu avô Apúlio Neves, tropeiro da família de Getúlio Vargas contava vários causos, em suas andanças pelo sul do país.
Uma delas foi à seguinte:
 
“ Andava eu pelos pampas e parei para descansar perto de uma árvore. Havia algumas carroças paradas por perto.Eram o pessoal que se apresentaria no circo.Bem, vi três belas gurias.Aproximei-me delas , de mansinho sem que me vissem. Elas estavam tomando banho. Nuas e belas as prendas! Escutei quando uma perguntou para outra:
 
- “ Como chamas a tua?” – elas olhavam para as partes íntimas.
- “ A minha eu chamo de poço fundo – e a tua?”
- “Maravilha e a tua?”
- “ A  melhor coisa do mundo” – e riram.
 
No dia seguinte, na cidade próxima dali o circo se instalou. Havia um cartaz que premiava a melhor trova. Os guris poderiam fazer versos e coisas do gênero.Subi no palco, avistei as belas gurias na platéia e lasquei o seguinte versinho:
 
“- Eu queria ser um peixe para nadar no
Poço fundo
Ver a marvilha
E
A melhor coisa do mundo”.
 
 
*Este era meu avô Apúlio Neves!
 
**Sei que o escritor Aparício Silva Rilo( acho que é este seu nome), escreveu um livro dedicado ao meu avô, com seus vários causos.
 
 
Cármen Neves.
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" Se você julga as pessoas, não tem tempo para amá-las"
( Madre Teresa de Calcutá - 1910-1997)
 

Cármen Neves
Enviado por Cármen Neves em 02/07/2009
Reeditado em 03/07/2009
Código do texto: T1678970
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