Em tempo de cheia, ele fica assim...poderoso, exuberante, mete medo, mas traz fartura...lava o leito, lava a alma do agricultor, do pescador...do ribeirinho...por maiores que sejam os desconfortos, no momento, tidos como desgraça.
Em frente á matriz de São José, muitos passavam para orações, ver o movimento e guardar uma recordação...outros, até lavavam roupas em suas calçadas...outros choravam em desespero pelas perdas e pelo medo do incerto...''castigo de Deus'' diziam, enquanto outros, de longe, apenas recebiam notícias cada vez piores.
Assim foi a maior cheia do Velho Xico...
Segundo a lenda, cada ano com final nove... se repete...o próximo ano será mais um (2009)
...e quando ele baixa, deixa muitas marcas nos paredões, nas encostas, nas calçadas e nos degraus... e na alma de cada um que viveu cada momento da ‘’fartura das águas’’.
Fotos: 1ª foto: Cruzeito, em frente a igreja matriz de São José, em São Francisco-MG, antes de construir os paredões na orla do rio.
2ª foto: A cheia do ano de 1979, a pior de todas.
3ª foto : Anos depois, (após a construção dos paredões) vista da frente da igreja e dos paredões, e das marcas que a água deixa após enchente.