O ator esqueceu a fala e o improviso
Triste ver no mundo a figura do puxa-saco – não sabe porque existe. Não sabe se estar sendo inconveniente. Vive nas sombras – atrás do protagonista. Ninguém percebe que existe – serve apenas de escada – de ponte, mas não representa nada a não ser o descartável – o detestável.
Ninguém sabe viver a mercê da própria história. Todo mundo precisa de outra inventada para suportar a vida.
Nosso samurai não está de plantão hoje – haverá necessidade de usar nossa própria espada.
Meu esconderijo fica mais ou menos próximo da tua ilusão.
O cafajeste chegou, mas ninguém topou contracenar com ele.
No palco havia apenas uma cadeira e a vontade de atuar.
A cortina se fechou antes do final do ato.
Não tenho vontade de chorar, mesmo assim a sala está cheia de espectadores da morte.