Tentamos em nossas vidas passar por ela aprendendo sempre, nos aperfeiçoando nesses ensinamentos, tirando lições .
Hoje pela manhã, fui praticar meu exercício, na esteira.
É claro que não é aquilo que eu gostaria de fazer.
Prefiro andar, caminhar em meio ao verde, respirando ar puro e ainda, se possível, de mãos dadas com o Franco. Mas nem sempre podemos fazer o que queremos e o jeito é adaptar...
Prefiro andar, caminhar em meio ao verde, respirando ar puro e ainda, se possível, de mãos dadas com o Franco. Mas nem sempre podemos fazer o que queremos e o jeito é adaptar...
Então, conformar-se com o que é possível é preciso e ainda por cima, tirar vantagens do exercício.
Assim, estava sobre a esteira e ela, que anda muito "falante" e "autoritária" nas últimas semanas, começa sua tarefa:
Reduza a velocidade - batimentos cardíacos elevados - Hidrate-se - Reduza a intensidade , e assim vai...Que coisa!
Não para de "falar"...
Reduza a velocidade - batimentos cardíacos elevados - Hidrate-se - Reduza a intensidade , e assim vai...Que coisa!
Não para de "falar"...
Aquilo vai num crescendo e então para melhor aproveitar, coloco um livro para tapar o visor. Assim, não enxergo suas "ordens"...
Prossigo...
Olho para longe, pela janela e ainda que não queira ser indiscreta, posso ver outras casas, coberturas, terraços e lá, me fixei numa grande estante de brinquedos enormes, pertencentes às crianças daquela casa.
Mais adiante, ao fundo, vejo o rio Guaíba, que banha Porto Alegre e que apesar de parecer bonito, oferecer uma linda paisagem, sabemos que por baixo dos panos, está tri poluído.
Ainda mais em um dia, por enquanto muito nublado, cinza.
Ainda mais em um dia, por enquanto muito nublado, cinza.
O que tudo isso pode ter a ver com os aprendizados ?
A esteira que fala, os brinquedos que estão lá apenas para serem vistos sem que as crianças possam brincar, apenas olhar, podem ser vistas e encaradas como a verdade e os ensinamentos.
Estou pirando?
As falas da esteira me avisam. Querem me ensinar. O que eu fiz? Tapei sua falas para não as ver, porém elas estão lá.
Os brinquedos guardados também podem ser vistos numa metáfora, como as lições : devemos manuseá-las, "brincar com elas"... Na estante não nos ensinam, mas estão lá, quem quiser, pode recorrer a elas...
O rio? Para ficar bonito e esquecermos da sua poluição, precisamos de um lindo Sol.
O que tirei de toda essa enrolada de pensamentos?
Temos tudo à nossa disposição: os ensinamentos e lições para um bom aprendizado. Tudo ao nosso redor.
Porém, às vezes, deixamos que as nuvens nos atrapalhem assim como hoje encobrem o rio.
Saber ver, com nuvens ou sem elas, com chuva, temporais, o nosso SOL interior.
Ele é que vai nos iluminar, ele que vai nos dar o ritmo a ser seguido na nossa caminhada na "esteira" da vida, a distância a ser percorrida até finalizar o "exercício", a hora de nos "hidratar" e, principalmente, vai nos fazer aptos para "brincar" com todas "os brinquedos" que nos forem apresentados, sejam eles do "preço" que quiserem ter: valiosos ou não...
Ele é que vai nos iluminar, ele que vai nos dar o ritmo a ser seguido na nossa caminhada na "esteira" da vida, a distância a ser percorrida até finalizar o "exercício", a hora de nos "hidratar" e, principalmente, vai nos fazer aptos para "brincar" com todas "os brinquedos" que nos forem apresentados, sejam eles do "preço" que quiserem ter: valiosos ou não...
É óbvio que, como tudo na vida, ninguém pode fazer como fiz: "tapar o visor da esteira", no sentido literal da coisa, ao se exercitar, porém, para mim, serviu como reflexão.
Outro detalhe: o "sol" já apareceu para deixar a paisagem bonita... Foram-se as nuvens... E ainda bem, meu exercício está quase acabando...
Um abraço, Chica