Espasmos de loucura
Perseguimos o belo – a arte talvez seja um refúgio. Não estamos satisfeitos – queremos atingir algo inatingível. Somos artistas do experimento.
A crítica existe – somos sabedores disto. Não há nada que possamos fazer – que esteja totalmente livre destes que não pintam, não escrevem, não fazem coisa nenhuma.
Todo artista tem certo gosto pelo exibicionismo, não vejo óbice nisto, já que se propõe em ser “telhado”.
Não acho que o poeta possa mudar a consciência das pessoas, nem creio que possa modificá-las, mas percebo a poesia como algo imprescindível.
Na arte “chapa branca” pouco se salva. O veículo perde seu “norte” natural - tudo parece com o “focinho do dono”.
Não acredito na idade do artista. Não acho que Chico Anysio esteja envelhecido. Sua arte transcende.
Há destempero – na conversa “fiada”, com espasmos de loucura.
Um jardim – sem estrela – assim – imaginou Roberto Burle Marx – o que lhe causou espanto - depois do novo e indesejado inquilino.
O intelectual de cama e mesa. Aquele que sabe ser anfitrião sem contagiar o visitante com diplomas e citações de defuntos.
O “marchand” um verme necessário, para o feijão e arroz do artista.
O “fura fila” personagem desagradável – sem qualquer educação que simplesmente ignora as pessoas a sua frente e toma o lugar – como se fora um “pavão misterioso”, com sua tropilha maldita.