Luar,o lobo bonzinho

Era uma noite tranquila, e a lua cheia iluminava o quintal da Vovó Onça. Chiquinho e Clara, seus netinhos, estavam sentados aos seus pés, esperando ansiosos pela história da noite. Vovó Onça, com seus olhos brilhantes e sorriso carinhoso, ajeitou o lenço na cabeça e começou:

"Era uma vez, em uma floresta encantada, um lobo chamado Luar. Diferente dos outros lobos, ele não gostava de caçar nem de assustar os outros animais. Luar era um lobo bonzinho, que adorava observar as estrelas e ouvir as histórias que o vento trazia de terras distantes.

Os outros animais da floresta, no entanto, tinham medo de Luar. Eles não conheciam um lobo que fosse amigável e preferiam se esconder sempre que ele aparecia. Isso deixava Luar muito triste, pois ele sonhava em ter amigos com quem compartilhar suas aventuras.

Um dia, enquanto passeava pela floresta, Luar encontrou um coelhinho chamado Pipoca, que estava preso em um arbusto cheio de espinhos. Sem pensar duas vezes, Luar usou sua força para afastar os galhos e libertar Pipoca. O coelhinho, tremendo de medo, olhou para o lobo e perguntou:

— Por que você me salvou? Achei que os lobos fossem perigosos!

Luar sorriu e respondeu:

— Nem todos os lobos são iguais. Eu só quero ajudar e ser seu amigo.

Pipoca, surpreso, percebeu que Luar não tinha nada de assustador. Ele agradeceu e logo contou a todos na floresta sobre a bondade do lobo. Aos poucos, os outros animais foram conhecendo Luar e descobriram que ele era realmente especial. Ele ajudava as borboletas a voar em segurança, cuidava dos filhotes de passarinho que caíam dos ninhos e até cantava com as corujas nas noites de luar.

E assim, o lobo bonzinho, que antes vivia sozinho, encontrou muitos amigos e mostrou a todos que, às vezes, a verdadeira força está no coração e não nos dentes."

Vovó Onça terminou a história com um sorriso, enquanto Chiquinho e Clara aplaudiam, encantados.

— Eu adorei o Luar! — disse Chiquinho.

— Eu também, Vovó! — concordou Clara. — Ele me lembrou que a gente nunca deve julgar ninguém só pela aparência.

Vovó Onça riu e abraçou os dois.

— Isso mesmo, meus amores. Sempre lembrem-se: a bondade é a maior força que alguém pode ter.

E assim, com o coração quentinho, Chiquinho e Clara foram dormir, sonhando com lobos bondosos e florestas mágicas.

Helena Bernardes , outubro 2024

Vovó Onça Contadora de Histórias
Enviado por Vovó Onça Contadora de Histórias em 17/10/2024
Código do texto: T8175740
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